domingo, 14 de dezembro de 2014

6 razões para namorar um homem feminista

1- Ele vai saber que o corpo é seu e as regras são suas.
A roupa que você usa é problema seu. "Não" será "não" em qualquer ocasião que você não quiser ser tocada.

Realidade do casal: auto explicativo.


2- Ele não vai ter medo dos sex toys.
Alguns rapazes tem medo de toys na cama, as vezes, por puro machismo. Talvez achem que podem ser substituídos, vai saber o que se passa na cabeça das pessoas. Mal sabem eles que esses famosos brinquedinhos são, na verdade, aliados-mor da relação.Vai por mim. 

Realidade do casal: cof, cof.

3- Ele vai dividir as tarefas.
Existe sim, claro, pessoas que tem habilidades com esse ou aquele trabalho manual, mas com divisão de tarefas (considerando disponibilidade de tempo, interesse na tarefa e até mesmo um par ou ímpar) será possível ver ela indo a concessionária enquanto ele lava o banheiro.

Realidade do casal: "vamos ter duas  pias: enquanto eu lavo, você enxuga"

4- Não haverá xingamentos sexistas e agressões físicas estarão fora de cogitação.

Realidade do casal: "sua boba!"

5- Ele vai querer dividir as despesas e não se importará se você ganhar mais.
E mesmo se ele ganhar mais, dividir a conta proporcionalmente será sempre uma opção. Não é tarefa do rapaz sair pagando tudo que os dois consomem.

Realidade do casal: Ele ganha mais. Nos dias dele pagar, vamos ao Yacht Club e tomamos champanhe enquanto gritamos freneticamente "Heeeelloo!". 
Nos dias que pago, vamos ao Subway.

APOIO:


6- Ele não vai se importar com seu passado.
Quantos caras você já esteve é problema seu. De mais ninguém. 

Realidade do casal: "você teve namorados, que bom pra você."


Ps. 1: Eu queria colocar um emotion de coracãozinho ao lado de todos os números na lista. Muito amor pra quem respeita outro ser humano sem ter que pensar no gênero (ou quaisquer outras questões).

Ps. 2: Esse foi o modo sutil de dizer como é massa conviver com um ser humano que pensa desse jeitinho aí de cima, sem precisar falar sobre ele necessariamente. #menti #faleidelesim #getoverit 

Ps. 3: Esse post ficou muito parecido com qualquer matéria que a Marie Clarie publicaria, rs.

Ps. 4: Tem mais um bocado de motivos, mas por hora é só.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Updating

Dezembro chegou, as aulas acabaram, o ano tá quase no fim e devo dizer que o saldo foi positivo. Eu me demiti da escola que estava trabalhando. É uma pena porque se tivesse um filho algum dia, realmente queria que ele estudasse lá. Por outro lado, ambiente de trabalho tem de ser prazeroso, se não for, pra mim não faz muito sentido.

                                                                        ***
Minha constante tem sido a felicidade, devo dizer. Tudo está indo muito melhor do que o esperado. Queria poder contar várias coisinhas legais, mas tenho aprendido que nem todo mundo quer ficar sabendo de felicidade do cotidiano alheio. shiiiii

                                                                        ***
Apesar de tudo isso, ainda há os sugadores de energia e as pessoas que estão tristes ao redor e não tem outra opção a não ser arrotar tristeza. E quando é gente que se ama, não há muito o que fazer senão esperar que o dementador se vá por um momento. 

                                                                        ***
Minha irmã vem passa o natal aqui. Estou bem feliz. Ela casou e se mudou pra Brasília. Eu já tinha acostumado muito com a falta dela. Primeiro porque ficamos afastadas muito tempo e porque todos os problemas de relacionamento que tínhamos se dissipou com a mudança. Quem diria.

                                                                         ***
Uma pessoa muito muito especial na minha vida foi embora e nunca mais voltou. E é tudo que direi sobre isso no momento.

                                                                          ***
Mal posso esperar para viagem desse ano novo. Itacaré é uma cidade deliciosa. Eu já estive lá, ele não. Quero voltar mais preta que carvão. Acho que vai ser bem bom amar com um marzão lindo na frente enquanto o moço do queijinho passa.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

- Ahg! Você é esclarecido demais pra meus dramas.


Eu disse essa frase. Pra ele. Isso saiu da minha boca. Eu devia tomar uma surra.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Para meu leitor favorito

Uma vez você me comparou com um livro. Disse que eu, o livro, tinha "historias fantásticas, com mistérios, tragedias, romances e muita comédia". Disse ao final, com o coração cheio de esperança  que queria "continuar, de alguma maneira, fazendo parte dos meus capítulos".

Eu nunca tinha sido comparada a um livro. Eu gostei muito daquilo.

É preciso dizer que, apesar de inanimado, os livros também tem desejos. Eles desejam ser lidos, descobertos, desafiados. Querem que suas ideias sejam espalhadas. Querem contaminar o mundo. Diz a lenda que à noite, numa biblioteca qualquer, os personagens e as histórias em um pequeno espaço físico se encontram, se misturam e se completam. Como em "once upon a time".

Se pra você eu sou um livro, meu maior deleite é ter você como leitor.
Se eu sou um livro...

Você é meu era uma vez personificado quando nossos avatar's se encontraram meio sem querer na biblioteca da vida. 
As páginas que nunca vão rasgar, mesmo estando sob grande tempestade. 
fairytale que o adulto não crê mas ainda assim conta para criança
Você é meu personagem saindo e criando vida. 
Você é meu bestseller
Você é meu blog que foi publicado por uma editora famosa.
O abraço mais genuíno, com uma lagriminha no canto do olho ao final de sua leitura predileta.
Meu milhões de exemplares vendido no exterior.
Você é minha noite preferida de autógrafos
O personagem que vira ator bonitão no filme de Hollywood.
Você é o amor mais pieguinha num livro de adolescente.

Você não é só um capitulo de minha história, como teve esperança um dia. 
Nunca vai ser.
Você é muito muito muito mais do que isso...
E para sempre será.

Feliz um ano de deliciosas leituras.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Jogando

Acho que descobri a pólvora o bum da questão! É um jogo. É tudo um grandissíssimo jogo. E quem tem mais cara de pau e veia teatral, ganha. Simples. Bem simples.

Bom, não era tão simples assim quando eu comecei nesse jogo. Na verdade eu nem sabia que era um jogo quando eu comecei. Isso me fez perder alguns pontos.

Mas tão logo descobri que estavam todos jogando, comecei a jogar também. Armas sujas ou não, descobri que jogando é mais leve do que o jeito sério que imaginava que seria.

Agora eu sou essa pessoa cara-de-pau, que se vende por aí. E - pior! - as pessoas estão doidas para comprar.

Vocês deviam ter me avisado antes que esse mundo do trabalho era um jogo. 
Eu, inocente que sou, só vi agora, tsc.

domingo, 19 de outubro de 2014

Meu espaço de reclamação

Houve aquela conversa segurando em minha mão, olhando nos meus olhos, dizendo para ter compaixão e paciência porque os momentos por vir seriam de muita ausência*. 
Eu concordei, claro, que tipo de namorada seria se não o fizesse?

Mas confesso que na prática não foi assim tão fácil:

- oi linda, tá indo almoçar no shopping?
- quero!!!
- quer o quê?
- almoçar no shopping com você!
- oh, linda, desculpa, você entendeu mal minha pergunta.
- ah, tá tudo bem, já tá acabando né? Falta uma semana apenas...
- duas semanas, na verdade.
- saudade? Eu também, amor! Muita!
<3

A gente continua ouvindo o que quer ouvir em detrimento do que é dito, não verdade? rs

¯\_(ツ)_/¯



*Campanha não namore um doutorando. Abrace você também essa causa ;)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Big kids

No início do ano, meus aluninhos de 1 anos e meio (agora já quase 3) mal sabiam português que dirá inglês!

Agora eu pergunto "why" eles respondem "por que".
Eu pergunto "Can I?" eles dizem "pode"!!!
Eu pergunto "who is that?" eles respondem "é Pedro's"

Mas aí vem a V, e com um lápis de cor na mão desenha qualquer coisa que imita uma assinatura:

What is this, V?
- é um nome!
Is it her name or your name?
- It's MY name!

Ou a A. Pergunto pra A, sem a menor intenção de estender uma conversa, apenas fazer small talk:

- What do you do when you arrive home?
- eu brinco.

E ainda tem gente que tem medo não acredita em educação bilíngue.

<3

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O primeiro mini-aluno que chegou hoje estava dormindo. Por coincidência, a segunda mini-aluna também. A nanny da sala preparou  duas caminhas e almofadinhas e colocou os dois deitadinhos.

A terceira aluna que chegou, entrou na sala gritando que havia trazido de casa a Peppa Pig, e segue o destemido diálogo com essa criança de 2 anos e meio.

- Shhiiiiii! Your friends are sleeping!
- Quem? quem tá dormindo, miss Maeve?
- Fulano and Fulaninha
- Juntos?????????????
- Yes, hahaha.
- (...) E isso é pecado?


<3

sábado, 5 de julho de 2014

Estou com uma crisezinha sobre escrever no blog. 

Eu não sei - exatamente - o porquê, mas prometo averiguar.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Quando eu entro em casa, tudo que eu quero é entrar em casa, nada mais. Não quero dar boa noite, não quero contar como foi meu dia, eu não quero nem comer. Apenas entrar em casa.
Daí eu quero ir pro quarto e sentar na cama por alguns minutos decidindo se tomo banho naquela hora ou alguns minutos a frente. Depois do banho eu quero um pouco mais de silêncio pra trocar de roupa e colocar um pijaminha confortável. Bom, aí sim, eu posso dar um boa noite. Ou comer. Ou contar como foi meu dia.

Não é você, mãe, sou eu. É que quando eu entro em casa, tudo que eu quero é entrar em casa. Nada mais.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

- Eu odeio quando você tem de ir. Você vai e tudo fica silêncio. E quando você vai embora eu quase consigo sentir a presença do vazio.
- Que metáfora bonita.
- Não, não é uma metáfora.

=)

domingo, 11 de maio de 2014

No casamento da minha irmã foi assim do mesmo jeito que foi hoje. Meu primo chegou perto de mim e perguntou o que havia de tão diferente em mim. Eu sorri e disse que não era nada, devia ser a maquiagem e meus cílios postiços-longos. Ele disse que não, que eu estava, hum..., feliz demais. Falou até como se fosse algo ruim, mas depois se retificou e disse que nunca havia me visto daquele jeito "e olha que você é a pessoa mais alto astral que eu conheço". Mostrei pra ele com meu indicador direito, vestido de terno e gravata verde, o motivo da minha tão grande felicidade.
Na festa do meu aniversário desse ano, meu primo falou novamente o quanto eu estava feliz, e olha que eu não fazia nada a não ser comer um pedaço do bolo salgado que minha mãe tinha preparado. Dessa vez não precisei apontar, ele estava sentado ao meu lado.
Hoje, no café da manhã em família, eu apenas recebi meu primo, como fiz com todos os tios, tias e primo: com sorrisos e abraços. Mas ele viu. Disse que meu sorriso não cabe em minha boca desde do casamento da minha irmã.

terça-feira, 6 de maio de 2014

João e eu

Lá na escola, bilíngue, canadense e chiq que trabalho, não é permitido colocar crianças "de castigo". Então, eu sempre coloco a criança pra 'descansar um pouquinho', porque eu acho que crianças que fazem muitas traquinagens coisas que não são auspiciosas aos olhos adultos, devem ficar muito cansadas.
João é muito rápido:
  1. Tudo na mão dele vira arma,
  2. Ele é bem intenso com as mãos,
  3. Encontrei ele no shopping uma vez; pai e a mãe corriam atrás dele como loucos.
  4. João fala tudo bem explicadinho
  5. Bate.
  6. Já passou da fase de morder, mas baba absolutamente tudo.
  7. João tem apenas dois anos.
Pronto, agora que você conhece mais ou menos o João, vamos ao caso.
 
Ontem eu estava arrasada muito triste porque algo muito ruim que eu fiz. Era segunda feira e segundas feiras por si só não são felizes. Todo mundo percebeu que eu estava triste. Duas coisas que eu não sei fazer: mentir e fazer uma cara sem sintonia com meu coração. Mas enfim. O dia começou e João fez absolutamente tudo que está listado acima, e ainda nem eram 10 da manhã. Eu sentei ele no vazinho sanitário que tem na minha sala e disse que ele precisava descansar. Que todo mundo precisava descansar. Que às vezes a gente faz coisas que não queria, ou não entende muito bem por quê faz, mas que aquilo não era motivo pra deixar outras pessoas ao redor triste. Que ele iria crescer um dia e aprender que não é batendo no outro que lidamos com nossas próprias frustações.
 
Eu falei isso tudo em inglês. João apenas me olhou com cara de conjunto vazio.
 
Quando fui tirar ele do castigo descanso eu não consegui explicar pra ele que ele precisava me pedir desculpas, só chorei. João me abraçou e disse com a melhor vozinha de criança do mundo "me dicupa eu não vou fazer de novo, eu prometo, tá bom?".
 
20 minutos depois ele fez de novo. Mas ele vai crescer, vai aprender... Eu é que já tô grandinha...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tem uma coisa no mundo todo que me deixa muito triste. Na verdade muitas coisas podem me deixar triste, mas eu vou falar de apenas uma agora. Aquela coisa que quando eu tô na minha salinha de aula e vejo meus mini alunos fazendo algo fofo, eu lembro. Ou quando dirijo e subitamente me vem à mente e logo fico triste. Ou quando alguém pergunta como estou indo, e sei que tudo vai indo muito bem, até que isso apareça na minha mente. A parede do meu quarto me pede pra pensar sobre isso. Ela também me pede pra esquecer. Mas eu não esqueço. Bom, só as vezes. Daí eu lembro e fico triste porque lembrei. Essa coisa me deixa triste. Pessoas saindo da minha vida me deixa realmente triste. E saem de fininho, sem fazer barulho, achando que não serão notadas. Mas eu noto. Eu sempre noto. Vou colocar uma plaquinha no meu coração: "último que sair apaga a luz, tá?"

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Eu estava na manhã de ontem deitada de conchinha e pensando, bem concentrada, num bom motivo para dar a vocês por meu blog está sendo tão pouco atualizado.


cof, cof.

sábado, 29 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

Miudezas

1 - Preciso comprar vestidos roupas novas. Preciso.

2- Vou ficar mais velha amanhã. Pelas minhas contas, de quando eu tinha doze anos, eu já devia estar casada. Ou seja.

3- Estaciono meu carro todo dia na mesma vaga, embaixo de uma árvore. Todo dia um passarinho caga nele. Tô achando que é sempre o mesmo. <3

4- Eu tenho uma aluna que é gaga. Uma fofura. Mas o mais legal sobre ela é que ela passa muito tempo calada, daí quando fala, diz coisas quando se menos espera, desconectadas e sem parar: "Ô ô ô ô outro dia eu vi a bruxa. Ela era má e disse, vô vô vô vô te pegar! Ah, soltei um pum. Peguei minha irmã e brinquei com ela. Cê, cê, cê, cê gosta de laranja?" 
(Ela tem dois aninhos.)

5- Eu gosto dessa foto.


Ps: Amanhã, eu fico muito muito velha, mas minha coluna já vem me avisando sobre isso há muito tempo.
Coluna com previsão de futuro correta, só tem aqui! Ligue Djá!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Se

Se eu não tivesse voltado a tempo acho que você me esqueceria. Se eu tivesse ficado mais tempo fora, talvez eu não estaria me sentindo tão amada quanto hoje. Talvez nunca teríamos ido para aquele resort lindo na praia e passado muito muito muito tempo juntos. Não estaríamos fazendo planos de futuro. Nem sofrendo por antecipação porque você vai morar longe por um ano. Eu não estaria pensando que quero ir junto, porque não quero mais ficar longe de você, e que pá, quem precisa fazer pós doutorado assim longe? Se eu tivesse ficado por lá, você não teria feito sua primeira trilha ao meu lado. Se eu tivesse demorado mais, talvez  eu não teria "saído por aquela porta" e visto tudo se tornar uma realidade.
Se eu não tivesse voltado eu não seria tão feliz, como nunca fui antes em toda minha vida.

Mas eu voltei.

=)

domingo, 16 de março de 2014

Na verdade eu não sei o que aconteceu. Não sei mesmo, queria muito saber. 

Se eu aparecer na sua casa hoje, me pergunto que desculpa você me daria. Ou simplesmente faria como nos meus telefonemas e ignoraria? Ou como os torpedos que você sempre diz estar sem tempo...?

Eu só queria que você soubesse que eu sinto sua falta. E um pedido: se apresse, eu não tenho boa memória.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

New year's resolution 2

Não entrar em discussão com pessoas com pontos de vista diferente dos meus. Isso não vai levar a nada.


Tentar mudar apenas a mim mesma. Ninguém mais. Como se faz isso a final de contas?

Ser uma pessoa melhor.  Como se faz isso a final de contas? 2

Ser uma professora melhor.

Estudar mais.

Cortar os cabelos ao menos uma vez a cada três meses. 

Pensar sobre ter cabelos cacheados.

Comprar um rímel novo.   Ainda não usei ele, mas estou sentindo boas energias.

Encontrar um emprego que não pague uma miséria.  Todos ri.

Fazer alguma atividade física.

Resolver o que fazer com as economias.  Comprei meu primeiro carro!
*Beijo no ombro*

Escrever a meta de leitura do ano.

Vencer a meta de leitura do ano.

Manter a calma e a paciência quando estiver nos engarrafamentos provocados pelos jogos da copa.  Bom, não chegou a copa ainda, mas nos engarramentos de Salvador eu tenho respirado fundo e ficado realmente impressionada comigo mesma ;)

Viajar no carnaval. Programei uma viagem de carro pelas praias mais longes na Bahia. Seria bem ótimo conseguir ir de carro, mas Murphy rege minha sitcom vida e agora há dois carros na garagem e não vou poder usar porque minha habilitação venceu.

Voltar a ser pré pago no celular.  Achei que ser pré pago resolveria minha vida, mas ser controle é ótimo também :)

Aprender a usar o sky drive.

Comprar um laptop.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Há quase um ano, pela primeira vez, ele disse que me amava e eu morri um bocadinho por dentro. Eu não queria amar. Amar é ser vulnerável. E ninguém quer ser vulnerável. Ninguém quer pegar seu próprio coração, colocar no forno e ficar rezando para que a temperatura nunca chegue a 450°. Ninguém, em sã consciência, quer brincar de roleta russa. O que a gente quer é ler um livro em paz enquanto toma água de coco gelada.

Aos poucos eu aprendi sobre ele. Sobre mim. Sobre esse novo 'nós'. E teria mais um parágrafo enorme pra desenvolver sobre isso, mas quer saber? Meu sorriso é texto.

Até que um dia eu disse. Se era amor eu não sei. Diferente de tudo que já senti antes, certeza. Era como se fosse, eu sentia como se fosse, era gostoso como se fosse, era calmo como se fosse, era sensível como se fosse, era lindo como se fosse e mais do que tudo, eu queria que fosse!
E hoje é.



Olha como são as coisas, a pessoa mais solteira o mundo agora tem um namorado. =)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Eu trabalho numa escola bilíngue. Não é permitido falar em português com as crianças ( ou na frente delas) de maneira alguma. Se pediu pra ir ao banheiro? Ah, ok I'll go with you, it's right over there. Se a criança já tem a fala desenvolvida e já fala fluentemente o português, foda-se, você só responde em inglês. Se encontrou a criança no shopping, Hello how are you. Se o pai tá segurando a mãozinha da criança e ele perguntou que horas será a aula amanhã, Starts at seven forty five and finishes at eleven forty five. E assim, vai.

Melhor coisa do mundo é passar o dia com a mini aluna que aparentou ter gostado muito de você e na hora de dar tchau ela virar pra mãe e dizer " ah, mãe, eu gosto daqui, eu só não entendo nada do que a Miss Maeve fala."

<3

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Spoiler de um livro que não lembro o nome

Eu li muito a Agatha Christie quando era adolescente. Tipo, muito. Sherlock Holmes só passou mesmo pelas minhas mãos acho que uma ou duas vezes. Eu nunca vou me esquecer como eu devorava aqueles livros pra poder desvendar os mistérios e saber quem era o assassino. Desvendar, coisa nenhuma, porque ninguém desvenda nada do que se passa na mente daquela mulher.

Me lembro o final de um livro - que não recordo o título - quando tudo já haviam sido revelado. O que faltava era saber o como. A vítima era uma senhorinha. Coisa mais deselegante matar velhinhas, mas enfimEla foi encontrada morta. Simples assim. Não havia sangue, ou furo de bala, ou fechadura forçada, ou sinais de violação de sua integridade, ou marca de facada. Nada. E foi descartada a possibilidade de morte por causas naturais porque os assassinatos eram em série e ela preenchia os requisitos do matador. Mas, então, como?


O Spoiler:

O assassino tomou cuidado de saber o livro que a vítima estava lendo e tratou de colocar veneno na parte inferior direita de cada folha, para que ela morresse aos pouquinhos à cada lambida nos dedos que fazia ao virar as páginas.


Hoje, toda vez que alguém usa os dedos molhados com saliva pra virar uma página, eu instantaneamente penso: vaimorrer.vaimorrer.vaimorrer.vaimorrer.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

No início, meu pai achava que eu estava iludindo o rapaz. Que eu era o coração gelado dos ursinhos carinhosos, o tipo de pessoa que vê uma serenata pela janela e joga água nos envolvidos.

Depois, não contente com minhas não-respostas, passou a perguntar, com certa insistência, quem estava amando mais, como estava meu coração, ou se eu não estava apaixonada àquela altura do campeonato. 

Um dia me cansei e respondi aquilo que ele tanto queria escutar - e olha que era tudo verdade.

Passado isso, não há um só dia em que meu pai não pergunte - todo feliz - como é estar "completamente apaixonada". 


domingo, 5 de janeiro de 2014

Quando ele chegou depois de ter passado o dia quase todo sem me ver, encostou na  porta e gritou, ao invés de meu nome, uma expressão comum a casais apaixonados mas que ninguém nunca havia usado comigo. Minha espinha congelou no mesmo minuto.

Logo mais a noite, já pronta pra dormir com meu pijaminha que tem impresso " Miss always right" na parte de cima, ele me disse outra coisa muito bonita que só em filme eu havia ouvido. E eu prendi a respiração.

Essas reações têm sido constantes por aqui.

=)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Anos

Nessa volta pra casa eu precisei encontrar muita coisa perdida que deixei pra trás. Depois que me mudei, minha mãe rearrumou minhas coisas e minha irmã tomou meu guarda-roupa. Tudo bem. Hoje encontrei um classificador muito antigo. Ganhei ele em 2009 e enchia de coisinhas que gostava de fazer naquela época. Coisas como desenhos bem feinhos, boletim de alfabetização, poesias com rimas sofríveis e textos que me encatavam. O tempo foi passado e acrescentei nesse classificador uma outra porções de coisas que o tempo me dava. Entre eles, cada boletim de desempenho dos vestibulares que nunca passei. Eu lembro de guardar para analisar exatamente onde deveria melhorar. 














Enfim.

Outra coisa que guardei foi uma carta que tinha na capa "abrir em 2012". Antes de ler, eu sabia do que se tratava. Foi numa aula. Na ultima aula de português do cursinho do ano de 2006. O professor, o melhor de língua portuguesa que já tive, pediu para que escrevêssemos uma carta futurística para nós mesmos. Ele pediu que projetássemos o tempo do curso que prestaríamos vestibular e escrevesse como se nós já estivéssemos ao final daquele curso. Como o curso que eu queria tinha 5 anos de duração, então eu só poderia abrir e reler a carta em 2012. Mas em 2012 eu não morava aqui. Essa carta ficou esquecida até hoje.


Enfim 2.

Minha carta tinha um teor de raiva muito grande. Não sei exatamente com quem eu estava irritada. Talvez comigo mesma, não sei. Eu disse que estaria formada por uma Universidade na qual não me formei, disse que teria uma profissão que não tenho hoje. Disse algo sobre dar tapa na cara de algumas pessoas [?], e ainda parafraseei um versículo bíblico que não faço ideia do que eu quis dizer naquela época.

Enfim 437 3.

Tudo isso pra dizer como a vida nos reservas coisa que a gente é incapaz de imaginar. Meus boletins de desempenho não significam nada para mim. Eles não me dizem quem sou. Meus desenhos continuam ruim, mas descobri que nem gosto assim de desenhar. Minhas poesias hoje não rimam mais. Tirar 6,5 em ciências na segunda unidade no meu boletim da alfabetização não me representa.

2014 começa lindo. O percurso até aqui foi lindo. 

Chapada Diamantina, alguns dias atrás.

Ah, parei de escrever cartas futuristas, a vida vai dar mesmo um milhão de voltas, né?