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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Big kids

No início do ano, meus aluninhos de 1 anos e meio (agora já quase 3) mal sabiam português que dirá inglês!

Agora eu pergunto "why" eles respondem "por que".
Eu pergunto "Can I?" eles dizem "pode"!!!
Eu pergunto "who is that?" eles respondem "é Pedro's"

Mas aí vem a V, e com um lápis de cor na mão desenha qualquer coisa que imita uma assinatura:

What is this, V?
- é um nome!
Is it her name or your name?
- It's MY name!

Ou a A. Pergunto pra A, sem a menor intenção de estender uma conversa, apenas fazer small talk:

- What do you do when you arrive home?
- eu brinco.

E ainda tem gente que tem medo não acredita em educação bilíngue.

<3

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Corre, corre, lambretinha

Eu já falei na verdade, comentei, rapidamente sobre o intercâmbio que vou fazer.
Fiz isso primeiro aqui, depois aqui, e por fim aqui.
Não abri muito essa parte aqui porque tudo é sempre tão incerto, né?
Mas dentro do possível vou precisar dar um update nessas informações porque esse será o meu vínculo mais próximo com todos do Brasil.
Vou morar fora por no mínimo um ano, o último e-mail que recebi da agência foi "documentos para retirada do visto" e ainda tem tanta coisa pra fazer. 
Por isso acho que se eu tava demorando de escrever porque tava com ócio total, agora acho que demorarei por muita coisas a serem feitas. 
Não direi ainda qual a data exata da viagem, até porque eu não sei, mas temo em dizer que se você estiver lendo isso acho bom aproveitar enquanto ainda estou nos mesmos km² que você. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A carona

Nunca o havia visto. Ele bateu na janela do carro enquanto eu colocava o cinto, e isso me assustou. Por apenas um segundo, mas me assustou. Eram 7:45 da manhã e perguntou se eu iria subir ou descer a ladeira logo mais à frente. Eu iria descer e ele iria subir, mas resolvi desviar meu caminho e responder ao seu pedido de carona.




Ele tinha 89 anos, me contou um pouco da sua vida e se desculpou pelo pedido de carona, mas é que já tinha muita idade. Era tão velhinho e magro que enquanto colocava o cinto, pensei que fosse quebrar de alguma maneira. Dividiu comigo a angústia que era viver sozinho numa casa junto à esposa com Alzheimer. Sua esposa esquecia sempre de tudo e era muito difícil cuidar dela. Contou-me como outro dia ela o havia ameaçado de larga-lo e colocar outro homem em seu lugar. Ele riu. Eu ri. Mas seu riso era frouxo, solto, perdido e entendi logo que naquilo nada havia de engraçado. Parei o carro bem em frente à farmácia, ainda fechada,  onde ele disse que queria ficar, ele muito me agradeceu, me deu bom dia e me chamou de anjo.


Doce velhinho, mal sabia que o anjo era ele mesmo. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

Filme repetido

E quando você reconhece no outro, algo tão parecido quanto a si próprio? Você sabe exatamente como fazê-lo sorrir, sabe exatamente o que fazer para agradar, sabe exatamente fazê-lo apaixonar... Mas não é isso que você quer, não quer encantá-lo mais do que necessário, por que você sabe, você sabe, que lá na frente você o fará sofrer, você sabe que não seria a maneira mais pura de fazê-lo ama-la.  Mas você continua, você simplesmente continua, não vá se culpar no futuro, porque você já o havia previsto.


Esse futuro é só algo que você já viu.
Não se culpe por ele.
Não se culpe por ele.
Não se culpe por ele.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eu não supero

E eu sempre penso que devia passar por cima de certas coisas pelo bem coletivo, sabe?
Que é sempre bom pôr panos quentes pra evitar uma briga
ou até deixar pra lá por um bem maior.
Porque lá na frente, lá na frente (quem sabe) a pessoa se toque do quanto ela está  magoando sem necessidade,
e do quanto que ainda vai pedir desculpas [outra vez].


E é tão costume que eu coloque os outros frente ao que sinto, e que tente arrumar justificativa para o injustificável, ou que invente, como se fosse Néston, "mil e uma maneiras diferentes" de chegar à pessoa mesmo sabendo que é ELA  a errada.


Mas não, não dessa vez.
Dessa vez, eu não supero.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pedagogiando

Não era o que eu queria ser quando crescesse...
E eu consigo me lembrar o início de tudo... Eu acordava e sentia o pesa do mundo nas costas. Aí eu chorava.
Quando acabava de chorar, percebia que não havia nada que se podia fazer em relação àquilo, e caminhava até o ponto de ônibus e ia, dia após dia, assistir às aulas. 

Sim, ia pra faculdade depois de chorar logo pela manha... me sentia como se estivessem me mandando pro matadouro. Muito drama, eu sei, mas era assim que me sentia.



Até que um dia não era mais tão pesado, uma dia tive uma boa aula, um dia tive um bom professor, um dia foi diferente, um dia eu gostei, um dia me apaixonei. 

Ser pedagoga no nosso país é um desafio, um fardo, uma dádiva e tudo assim, na mesma sentença. Mas o nosso compromisso não tem de ser com o sistema, nem com o governo, nem com a  direção, nem com a falta de merenda, e sim com essas crianças que todos os dias só precisam provar pra elas mesmas o quanto são capazes, mesmo o mundo inteiro dizendo a elas que não são.


Não era o que eu queria ser quando crescesse, 
mas é o que eu sou, e o que me faz crescer.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

No bar, na vida.

‎- Garçom me vê uma dose de mentira. O que você tem?

- Temos "eu te amo", "nunca vou te deixar", "eu quero você comigo" e também temos uma que anda saindo bastante: "pode confiar em mim".






"Se fosse fácil achar o caminho das pedras,
                  tantas pedras no caminho não seria ruim"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ciclos

Que a vida é formada e repleta por cíclos todo mundo já sabe. O que tentamos de todo jeito descobrir é como entramos nesses cilcos e, pior ainda, quando saímos dele.
Acreditar em ciclos na vida é ser anti romântico. É acreditar no Renato Russo quando ele  escreve:

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba?


Custo a qualquer preço acreditar nisso, mas a vida, a todo custo, tenta me mostrar o contrário. Por isso me ponho cética em algumas situações que me ocorre. Mas como a vida é, sim, um ciclo, sei que já já vou ceder e mudar de opinião, pra no início do ciclo seguinte eu começar a desacreditar no Renato novamente...
Parece meio confuso, mas confesso de antemão que eu sou a pessoa mais romântica do universo; e se quem vos fala, possui essas caraterísticas de anti romantismo, meu caro, acho que você pode sim, começar a ficar preocupado.

Estou falando, claro, de relacionamentos, do furor que eles começam, da paixão, das alegrias infindadas, dos sorrisos, dos beijos apaixonados, das viagens-lua-de-mel, do "cozinho pra você", do "pra sempre". Tudo isso me parece imensamente bobo ao final de um ciclo e, em contra partida, imensamente viável ao início de outro.

Ideal seria aceitar de uma vez por todas que todos os ciclos terminam, sem nenhuma exceção. Acreditar que toda a euforia passa, que todo sorriso vira lágrima, que toda música que te faz sorrir hoje, vai te fazer definhar amanhã.

Mas acho que ainda gosto das sensações de início dos ciclos e não sou assim, tão anti romântica. 
E seja o que Deus quiser.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

The scientist

A vontade que dá é só voltar a escrever quando estiver realmente feliz,
mas isso não acho que seja pra agora...

Tá difícil... insustentável eu diria.



"Nobory said it was easy"
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sexta-feira, 25 de março de 2011

Soluçando Chorando Dormindo

Não necessariamente nessa ordem...

É uma bebê linda essa minha prima.
Hoje ela esteve aqui em casa toda serelepe! Minha tia, mãe dela, foi uma das pessoas que cuidou de mim quando eu ainda era uma nenenzinha, o destino hoje nos ajudou a que eu passasse momentos ótimos com minha priminha menor.

correndo pra pegar o celular da minha mão

trocando a fralda



Eu só tenho 3 primas meninas. Apenas uma delas conviveu comigo toda minha infância, dai costumava dizer que só tinha prima. Toda a minha família de pai e de mãe só tiveram garotos! A minha outra prima mora em outra cidade e devo ter visto ela apenas uma vez, e só tenho contato com ela on line.


E agora tem Lulu linda. Troquei a fralda a convite que tia, que me dizia que era apenas xixi. Vai eu crendo que veria aguianhas amarelas quando vi na verdade pequenos sólidos marrons! Eis um fato: não quero bebês tãoooo cedo! mas Lulu podji!
Dormiu depois de chatanlas, soluços, choros, musiquinhas no celular, silêncio, cafunés na cabeça e sorrisos bobos da prima.
Dorme, bb, dorme, que o mundo pra você só está começando...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Insight

um dia você descobre que não
era pra você viver essa vida
que seus sonhos não realizaram
que seu andar é lento e que a
vida passa sempre por seus olhos
voa, menina boba, voa

um dia você descobre que seu                          
primeiro amor não vai ser o ultimo
que planos não são obedientes
que amores podem ser impossiveis
e que caminhar sozinho é bem viável

um dia você escolhe a você mesmo
mas fica triste que é por pouco tempo
que solidão é viável, mas é triste
que abraços são regalos

um dia você esquece que todas as alegrias
do mundo podem acontecer
e escreve coisas triste
pensa coisas tristes
sonha coisas tristes

dai, um dia, você resolve voltar
a amar o seu primeiro amor
e perceber que nas suas orações tristes
existe algo errado, outra vez
que o amor é circulo, quase sempre
e que de fato,
não era pra você viver essa vida...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Caminhando e não cantando.

E agora eu tremo com medo do futuro...

Eu não decifro cheiros, eu não sinto gostos, não vejo nada além da longa estrada. Apenas ando, ando, ando, e me dá até certa tristeza não saber onde esse caminho tão longo vai dar.
Está tudo tão silencioso que quase consigo ouvir meu coração junto com o tic tac do relógio. Sim, ouço isso: coração e relógio. Talvez numa tentativa inútil do inconsciente que faz com que de algum modo os dois juntos tenham algum sentido... Mas não tem.

Aqui deixo escorrer muito de mim, escorre aos litros... Tudo não, porque ainda assim, ainda assim seria pouco, pouco do que posso dar, pouco do que posso ser, pouco do que quero ser, pouco do que quero sentir, pouco do posso viver, pouco do que quero amar...

Fecho os olhos pra deixar fluir o que sinto, mas não o conseguirei nunca em uma única folha de papel, talvez nem em todas as folhas de papel do mundo... Mas é quando eu fecho os olhos que sinto paz, sinto como nunca tivesse ido, sinto que continuo ali, ali naquele local hermeticamente protegido, naquele lugar de onde nunca deveria ter saído, naquela vida que não era só minha [nunca foi...]

Um sorriso como o seu, pipoca, música, perfume, anéis,

Liberdade, paixão, risadas, conversas (longas),

Telefonemas, torpedos, sonhos,

Desejo, prazer,

Amor.