quinta-feira, 7 de maio de 2015

Eu tenho um (talvez 2, don't judge me) aluno que consegue me tirar a paciência com facilidade. Ele me faz fazer uma das coisas que mais detesto no mundo todo: repetir. Note bem, como professora, maior parte da minha função é ensinar e repetir o que está sendo ensinado, eu sei disso. Em aula, não entendeu? Eu repito. E quantas vezes forem necessárias. Eu juro, repito com mó amor, sabe? Mas esse aluno, ah esse aluno, ele entende, sabe? Eu.sei.que.entende.

Eu-melhor-teacher-do-mundo-explicando-devargarzinho: kids, you have to get the paper, folder it (dobrado papel e mostrando como se faz) and write (escrevendo no ar) down what is on the board (aponta pro quadro), ok?

Eu-melhor-teacher-do-mundo-checando-compreensão: Fulano, can you explain what we supposed to do now?

Aluno-fulano-escolhido-aleatoriamente: é pra pegar esse papel que você vai dar, dobrar no meio e escrever aquilo lá que tá no quadro.

Eu- teacher-agradecida: Thanks!

Aluno dementador: Teacher, é pra pegar o papel dobrar no meio e escrever aquilo ali no quadro é? É? É teacher? É? hãmmmm?

Não há cristão que resista. Mas perceba, isso acontece umas 20 vezes por aula! O que tenho feito é pedido pra qualquer coleguinha repetir o comando e ele tem se dado por satisfeito. Mas não hoje, hoje não. Aluninho dementador jogou o papel no chão, ficou de bico, virou as costas quando eu falava, não ensaiou a peça, e me olhou de cara feia a aula inteira.

Eu não fiz nada até o final da aula. Daí quando ele já havia demostrado desgosto suficiente, eu usei minha técnica de vida com ele:

- Olha, aluno-dementador, quando você age desse jeito, eu me sinto tão triste, eu não queria me sentir assim... Você me ajuda não me sentir mais assim desse jeito triste? 
- Ajudo! 
- Poxa, brigada, você é mesmo um alunão!

Me deu beijo e foi sentar todo feliz!


Venci na vida.

Como você se sente hoje?

No quesito relacionamentos interpessoais, eu aprendi, há alguns anos, algo que uso em minha vida até hoje. É mais ou menos assim: você está chateada com alguém e decide que vai falar sobre isso com a pessoa - para aqueles que são maduros e optam por não falar pelas costas. 

- você me humilhou naquele dia! ou 
- você vive dizendo que eu sou burro! ou
- você não se importa comigo!

As vezes acusar uma pessoa pelo que você acha que ela fez não é a melhor opção. Porque, veja bem, às vezes, só às vezes, a pessoa pode não ter tido a intenção de te humilhar ou de te fazer passar por burro ou de não demostrar afeto. O meu aprendizado entra justamente nessa parte, ao invés de você acusar a pessoa pela que ela fez, ou pelo que você acha que ela fez, você diz pra ela como você se sentiu quando ela fez o que ela fez. Vou explicar:

- Quando você disse aquilo, eu me senti humilhado
- Eu me sinto burra quando você faz assim
- Eu sinto que você não se importa, quando...

Eu também percebi, quando morava lá na gringa, que as pessoas lá se utilizavam dos sentimentos quando falavam, só o tempo todo! "I feel like you are not in the mood today, are you?" ou "I don't feel like doing this now, can we do it another moment?". Essas expressões além de serem educadas, trazem para pessoa que a diz a responsabilidade do sentir e para a pessoa que ouve a responsabilidade de pensar como faz o outro se sentir em determinado momento.

Isso tudo era pra contar uma história que aconteceu hoje com um aluno, mas o post ficou grande, então outro dia eu conto. Vou ficar na torcida da gente falar mais dos nossos sentimentos. Pode ser algo bem bom!











UFA, tô profunda hoje!


E só pra exercitar: Eu me sinto esquecida, quando ninguém vem aqui no blog me cobrar que eu não tenho escrito tanto quanto deveria. ;)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Parei de tentar dar uma arrumada no meus cabelos para dar uma choradinha por uns momentos.

Daí começou a chover.


Acho que Deus tem acompanhado meu sofrimento.