terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pedagogiando

Não era o que eu queria ser quando crescesse...
E eu consigo me lembrar o início de tudo... Eu acordava e sentia o pesa do mundo nas costas. Aí eu chorava.
Quando acabava de chorar, percebia que não havia nada que se podia fazer em relação àquilo, e caminhava até o ponto de ônibus e ia, dia após dia, assistir às aulas. 

Sim, ia pra faculdade depois de chorar logo pela manha... me sentia como se estivessem me mandando pro matadouro. Muito drama, eu sei, mas era assim que me sentia.



Até que um dia não era mais tão pesado, uma dia tive uma boa aula, um dia tive um bom professor, um dia foi diferente, um dia eu gostei, um dia me apaixonei. 

Ser pedagoga no nosso país é um desafio, um fardo, uma dádiva e tudo assim, na mesma sentença. Mas o nosso compromisso não tem de ser com o sistema, nem com o governo, nem com a  direção, nem com a falta de merenda, e sim com essas crianças que todos os dias só precisam provar pra elas mesmas o quanto são capazes, mesmo o mundo inteiro dizendo a elas que não são.


Não era o que eu queria ser quando crescesse, 
mas é o que eu sou, e o que me faz crescer.

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