sábado, 9 de março de 2013

Urgência em amar

Um e-mail simples e objetivo, como a vida deveria ser:

"Bom seria se na vida não tivessem notícias ruins... Fulano faleceu."


Fulano era meu amigo da adolescência. Amigo de encontrar sempre na igreja. De muitas viagens juntos. É engraçado que quando uma pessoa morre aparecem 70 pessoas sempre para dizer o quanto era "um moço muito bom". Mas Fulano era tipo um mini gênio, o mais estudioso, o mais engraçado, o mais mais... Terminou a faculdade antes de todo mundo, terminou o mestrado e antes dos 30 já era doutor. Estudioso, trabalhador, o moço que toda sogra pediu a Deus. Casou a um ano atrás e a esposa está grávida de 6 meses. Que droga é essa? 

Acordei com urgência em amar. Com desejo que todos saibam o quando me são queridos. Talvez ele soubesse que eu gostava dele, talvez sim. Mas ele sabia que o amava? Sabia que o admirava? Sabia que no 11 de setembro, quando aquilo lá ocorreu com as torres lá nos EUA, a primeira pessoa que pensei em perguntar o que era que aquilo significaria politicamente para o mundo, foi ele? [porque é, eu tinha aquela pergunta na cabeça quando vi os noticiários e ninguém sabia ainda direito do que se tratava]. Não sei se ele sabia, nunca saberei.


Fulano morreu de parada cardíaca minutos depois que começou a jogar bola. Just like that.

Ame. Ame mesmo. Ame muito. Como se não houvesse outro dia para amar.
Porque pode ser que realmente não haja.

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