segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sobre o que é

É sobre todos os meses que passamos afastados um do outro. Sobre como foi estranho conhecer alguém sem conhecer esse alguém. Sobre as madrugadas de infinitas conversas. Sobre tantos "e se". É sobre aquele dia no aeroporto. Sobre ter ido embora de novo. É sobre todos os smile face nos softwares de comunicação instantânea. E sobre as sad faces também. É sobre todos os poemas, poesias, músicas e links que trocamos. Sobre todas as vezes que dirigi com você do outro lado da linha no auto falante. Sobre todas as memórias (ou a falta dela). É sobre abril, maio, junho, junho, agosto. E sobre outubro que nunca chegava. É sobre a espera. Sobre não querer esperar mais. E continuar esperando mesmo assim. Sobre tudo que guardei aqui durante tanto tempo. E, principalmente, sobre saber que agora não preciso guardar mais.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O feitiço contra...

Eu peguei um mega engarrafamento e cheguei atrasada em um de nossos encontros. Cheguei pedindo desculpa.desculpa.desculpa.desculpa.

- Não tem problema, eu já estou acostumado a te esperar. 

                                                                              ***

Uma semana. Foi o tempo que ele disse que voltaria de viagem quando nos vimos pela última vez há 3 dias atrás. Falou isso minutos antes de dizer baixinho que iria sentir minha falta.


Na verdade são 9 dias. Eu contei.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"A volta pra casa"

Todo mundo me avisou muito sobre a tal "volta pra casa" (Buuuuuuu!). De como era pra tomar cuidado pra não achar tudo tão diferente a ponto de, sei lá, não se acostumar nunca mais. Me mandaram um artigo falando sobre "a volta pra casa depois do intercâmbio" contando a história de pessoas deprimidas com essa volta. Sobre a falta de emprego não vou nem comentar, que esse já estamos cansados de saber. Sobre a falta que é falar a língua nova. Sobre a saudade do outro lar. Sobre perceber que o lugar de onde se vem já não é tão grande quando parecia. Sobre, sobre, sobre um bocado de infelicidades.

Cheguei cheiinha de medos. 

Mas ninguém nunca me disse como é bom ser loucamente mimada pela família. Como seus amigos estão muito mais por você agora do que antes. O quando a aflição de um recomeço pode te trazer desafios arrebatadores. Que o momento do desemprego é avaliador e termômetro de emoções. Que, nossa, como é bom comida de casa. Que o abraço dele é o mais aconchegante de todos. Que it doesn't matter what happens, amigos mesmo longe, will be there for you. Que o processo de volta é também auto-conhecimento. E que auto-conhecimento é amadurecimento. E que... não é isso que a gente busca o tempo todo?


Vamos que vamos.