quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lista de convidados


PS:. Se uma pessoa te convida para qualquer coisa, ela espera que você vá. Se você não puder ir, AVISAR com antecedência é de bom tom. 




Tem um monte de coisas legais sobre estar agora nesse mundo-indústria de casamentos, mas por hora divido o sofrimento de excluir pessoas disfarçado em falar sobre a lista de convidados.

Essa figura diz muitas coisas. Mas não fala nem a metade. Não fala sobre pessoas que você sabia há um certo tempo que estariam ao seu lado, no matter what. Mas elas não estão, e o pior, por opção. Vou morrer falando sobre isso apesar de não haver mais nada a ser dito.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sobre a angústia

Eu queria escrever um texto sobre os níveis alarmantes em que certas angústias as vezes me apetece. Daí eu acordo no meio da noite por conta delas. Daí eu tenho que ficar pensando em qualquer outra coisa no mundo todo pra não sucumbir e voltar a dormir. Ou penso em coisas que me fazem sorrir.

Eu misturo tudo. Quando fico angustiada eu misturo tudo. Eu lembro daquela data que passou, todo mundo viu, eu vi, e fingi que nada aconteceu. Eu lembro da droga do jornal que até hoje meu nome não apareceu em definitivo nele.

Mas a verdade é que está acontecendo tudo como programado, sabe. Tudinho. Tudo feliz. Tem sofá que puxa, pão integral, Netflix com muita pipoca e muito amor, quem quer alguma coisa a mais da vida? Mas a angústia, essa chata, quer me tirar do prumo. Eu não quero deixar, mas as vezes eu não tenho muito controle, não.  As vezes ela ganha, as vezes eu ganho. Mas a maior parte das vezes eu ganho. 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Novas medidas de tempo

Caso 1

- Então tá bom, amor, eu vou tomar um banho, passar a make, colocar o vestido e sair, não vou nem comer nada.
- tá, mas quanto é isso em tempo?
- ah, amor, sei, lá. É isso aí mesmo que tô dizendo: banho, make, vestido, rua. Vai ser só isso.
- Sim, amor, mas é tipo, umas 9:30, ou 10:45?
- ai, genty, mas porque essa obsessão com horário? faça aí as contas que tô chegando!
- AMOR, ME DIGA UMA HORA PELEMORDEDEUS! QUE HORAS VOCÊ CHEGA??
- aff, sei lá, amor, umas 10:30.
- ufa, tá bom, então uns 5 minutos antes disso eu me apronto
- e quando eu tiver passando a make eu ligo.
- e que horas é a hora que você vai tá passando... ah deixa pra lá!

Caso 2

-Falta só cutilar e pintar um mão, daí saio daqui e te encontro
(5 minutos do mais genuíno silêncio)
- Ainda tá aí?
- Tô...
-E então? Já já eu chego, viu?
- Amor, eu tô aqui pensando... é que ninguém nunca me perguntou qual tempo necessário para cutilar e pintar uma única mão, então nessa daí eu realmente não sei a resposta...


;)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Eu tenho um (talvez 2, don't judge me) aluno que consegue me tirar a paciência com facilidade. Ele me faz fazer uma das coisas que mais detesto no mundo todo: repetir. Note bem, como professora, maior parte da minha função é ensinar e repetir o que está sendo ensinado, eu sei disso. Em aula, não entendeu? Eu repito. E quantas vezes forem necessárias. Eu juro, repito com mó amor, sabe? Mas esse aluno, ah esse aluno, ele entende, sabe? Eu.sei.que.entende.

Eu-melhor-teacher-do-mundo-explicando-devargarzinho: kids, you have to get the paper, folder it (dobrado papel e mostrando como se faz) and write (escrevendo no ar) down what is on the board (aponta pro quadro), ok?

Eu-melhor-teacher-do-mundo-checando-compreensão: Fulano, can you explain what we supposed to do now?

Aluno-fulano-escolhido-aleatoriamente: é pra pegar esse papel que você vai dar, dobrar no meio e escrever aquilo lá que tá no quadro.

Eu- teacher-agradecida: Thanks!

Aluno dementador: Teacher, é pra pegar o papel dobrar no meio e escrever aquilo ali no quadro é? É? É teacher? É? hãmmmm?

Não há cristão que resista. Mas perceba, isso acontece umas 20 vezes por aula! O que tenho feito é pedido pra qualquer coleguinha repetir o comando e ele tem se dado por satisfeito. Mas não hoje, hoje não. Aluninho dementador jogou o papel no chão, ficou de bico, virou as costas quando eu falava, não ensaiou a peça, e me olhou de cara feia a aula inteira.

Eu não fiz nada até o final da aula. Daí quando ele já havia demostrado desgosto suficiente, eu usei minha técnica de vida com ele:

- Olha, aluno-dementador, quando você age desse jeito, eu me sinto tão triste, eu não queria me sentir assim... Você me ajuda não me sentir mais assim desse jeito triste? 
- Ajudo! 
- Poxa, brigada, você é mesmo um alunão!

Me deu beijo e foi sentar todo feliz!


Venci na vida.

Como você se sente hoje?

No quesito relacionamentos interpessoais, eu aprendi, há alguns anos, algo que uso em minha vida até hoje. É mais ou menos assim: você está chateada com alguém e decide que vai falar sobre isso com a pessoa - para aqueles que são maduros e optam por não falar pelas costas. 

- você me humilhou naquele dia! ou 
- você vive dizendo que eu sou burro! ou
- você não se importa comigo!

As vezes acusar uma pessoa pelo que você acha que ela fez não é a melhor opção. Porque, veja bem, às vezes, só às vezes, a pessoa pode não ter tido a intenção de te humilhar ou de te fazer passar por burro ou de não demostrar afeto. O meu aprendizado entra justamente nessa parte, ao invés de você acusar a pessoa pela que ela fez, ou pelo que você acha que ela fez, você diz pra ela como você se sentiu quando ela fez o que ela fez. Vou explicar:

- Quando você disse aquilo, eu me senti humilhado
- Eu me sinto burra quando você faz assim
- Eu sinto que você não se importa, quando...

Eu também percebi, quando morava lá na gringa, que as pessoas lá se utilizavam dos sentimentos quando falavam, só o tempo todo! "I feel like you are not in the mood today, are you?" ou "I don't feel like doing this now, can we do it another moment?". Essas expressões além de serem educadas, trazem para pessoa que a diz a responsabilidade do sentir e para a pessoa que ouve a responsabilidade de pensar como faz o outro se sentir em determinado momento.

Isso tudo era pra contar uma história que aconteceu hoje com um aluno, mas o post ficou grande, então outro dia eu conto. Vou ficar na torcida da gente falar mais dos nossos sentimentos. Pode ser algo bem bom!











UFA, tô profunda hoje!


E só pra exercitar: Eu me sinto esquecida, quando ninguém vem aqui no blog me cobrar que eu não tenho escrito tanto quanto deveria. ;)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Parei de tentar dar uma arrumada no meus cabelos para dar uma choradinha por uns momentos.

Daí começou a chover.


Acho que Deus tem acompanhado meu sofrimento.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Na nutricionista

Chorando as pitangas e gastando todo os lencinhos de papéis do mundo:

- Mas as vezes é assim, uns dias são ruins outros são bons

- Mas eu quero todos os dias bons! Eu quero agora! Snif snif, snif! Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!

*Lencinhos de papel*

Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif!Snif snif, snif! 

- Eu acho que você está num ponto bom do seu processo pra fazer outro avanço. O que você acha de acupuntura? 

Pessoa para de chorar por um segundo e diz

- Eu nunca fiz não. Na verdade não acredito. Acho que é meio lenda. Esses negócios da china, sabe? Enfiando agulhas nas pessoas, como acham que isso vai dar certo? 

- Hum, você sabia que eu sou acupunturista e ouricuterapeuta?

- Cof cof, não...

O resultado:



domingo, 12 de abril de 2015

Almost Home

É como se eu já soubesse. 
Se acreditasse em destino seria isso, certeza. 
Meus dedos deslizam nos cabelos dele e it feels like home
E o feeling não passa. 
De estar em casa. 
De cheiro de chuva mesmo quando faz sol. Por que isso conforta. 
De estar em casa. 
Do silêncio que o mundo faz quando ele está ali. 
De estar em casa. 
De quando não se fala nada e só há amor em forma gasosa.
De estar em casa.
De querer viajar.
De querer ficar em casa.
De estar em casa.



"Just you and me, love
We are almost home"

Entre uma série e outra no exercício da academia, eu me perdi nos meus pensamentos nessa semana cão. Senti uma mão me tocar no ombro, perguntou:

- tá pensando em quê?

Foi tão séria a pergunta que quase respondo. Não respondi porque deu tempo de ver que era apenas uma piada.

- você tava tão concentrada que estava até fazendo assim. 
Falava isso enquanto balançava pra cima e pra baixo a cabeça e franzia a testa.

Eu ri. 

Um minuto de silêncio paras caras que eu faço enquanto malho.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Hoje acordei romântica, acordei cheia de amor pra dar. Não é todo dia que isso acontece. Acordar assim, já no início da manhã e querer passear por campos floridos e cheios de sol.

Daí a frente fria chegou. Tem raios, trovão e relâmpago.

Posso ou não estar fazendo uma analogia com a realidade. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Uma das minhas colegas de trabalho é da Turquia. 
Daí ela casou com um brasileiro, mas eles só se comunicam em inglês.
Eles tiveram filhos. 

A dinâmica da casa deles acontece e você parece estar no meio do mundo. A mãe fala com as crianças em turco, que respondem em português, enquanto o pai participa da conversa toda em inglês.

Por um mundo com mais bebês trilíngues.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Entendam uma coisa: ligações no celular são muito inconvenientes. Você não sabe onde a pessoa está, se colocou o celular no vibracall ou se pode ou não atender. Enfim.

No início do meu relacionamento, pra que eu não fosse considerada uma namorada maluca, eu pensava muito sobre fazer poucas ligações para ele. Como sou uma pessoa muito sensata e equilibrada decidi que faria melhor: nunca ligaria.

Claro que não deu certo. Não por mim, claro, mas porque ele ficava chateado de que não tinha noticias minhas durante anos a fio.

Daí que hoje eu desencanei, sou uma nova mulher etc, quase um ano depois. Não ligo por motivos bobos ou somente os sérios: ligo quando preciso. Nunca mais do que duas vezes no dia, que fique claro. O problema é que nunca reparo os horários e, claro, Murphy-amigo, tendo a ligar quando quase nunca ele pode atender.

Hoje eu tento lembrar se posso ligar na terça pela noite, por exemplo, mas nunca sei se é o dia da reunião de departamento, ou do inglês, ou da luta marcial.


Beijos pra mim que encontro sempre o ponto certo entre o 8 e o 80.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vida na escola

Eu tenho uma nova turminha que é o maior amor dos últimos tempos. Eu que estava na educação infantil com (quase bebês) de 2 anos, estou agora com crianças de 7 anos no ensino fundamental.

Muitaaaaas coisas são diferentes, mas devo dizer que são tão fofos quanto os outros.

Teve aquele caso quando um aluno pediu para ir ao banheiro e todo mundo logo em seguida pediu também. Daí veio a menina-mais-inteligente-da-sala-que-toda-sala-tem e sussurrou em meu ouvido:
- Teacher, se você deixar um, todos vão querer também! Faltou apenas o #ficaadica

Teve aquele outro de quando eu já havia explicado a atividade 3 vezes e dois alunos ainda não havia entendido. Antes mesmo de eu tomar fôlego pra recomeçar minha explicação, eles já haviam sentado em um grupo de 4 onde dois que haviam entendido explicava direitinho para os que ainda não. <3

E tem o comediante da sala que apontou para um colega e me disse:
- Teacher, eu chamo ele de "fofuxo"
- Why?
- Olha pra ele, teacher, olha! ele não é uma graça??? Um fofo!

E devo dizer que o garoto em questão é mesmo um lindinho. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

As pessoas pensam que eu não ligo. Eu digo que eu não ligo. Mas eu ligo. Eu me importo. I do care. 


I care so much that hurts. Esse é o problema.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Memórias de uma amizade

Ela tinha terminado com um garoto. Ou levado um pé na bunda, não lembro bem. Eu morava em numa casa grande em frente a praia e minha família tinha ido viajar, ou passar o final de semana fora, não lembro bem. Daí eu liguei  pra ela e eu pedia pra ela vir ficar comigo lá em minha casa. Ela me respondia que a condição para aceitar aquele convite era se eu permitisse que ela falasse sobre ele o tempo todo. Eu disse que sim, que não ligava e ela veio. Meu plano era tomar banho de banheira. Peguei todos os sabonetes líquidos, esfoliantes e cremes que achei espalhados nos banheiros da casa, coloquei um ao lado do outro em fileira e esperei ela chegar. Eu lembro que tinha sabonete sabor chocolate. Ela veio, tomamos um banho longo, demorado, e ficamos falando sobre seu coração partido e algumas besteiras...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Eu sempre tive a bola na mão. Nunca passei pra ninguém. Não é fácil isso, é muitoa responsabilidade. É muito cansativo. Daí um dia em cansei mesmo e deixei a bola de lado, fui morar em outro país. Não queria mais. Não.quero.

Mas tão logo cheguei, a bola estava ali no mesmíssimo lugar onde eu deixei. É não tem jeito, acho que é mesmo pra eu ficar com ela na mão. Mas agora são outros métodos, outra eu. Se me irritar muito, pego a bola, explodo e jogo no lixo.



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Toda vez que eu agradeço por alguma coisa fofa que ele tenha feito, ele fica sem graça. Ele não acha que fica, mas fica. 

- Não precisa agradecer.

Não, não precisa. Mas eu quero. Quero muito. Quero me certificar que todas as coisas legais feitas serão respondidas educadamente.

- Obrigada por existir.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Esse é o meu divórcio. Não quero litígio, apenas o que é meu. E por "meu", entenda, a explicação que me deves. Não sei se de fato me deves, mas digamos que eu a queria. Meu direito. [?]

Todo aquele amor não acaba assim. Eu sei disso. Eu sei que você sabe disso. Nosso amor sabia disso. As piadas internas também. Minha falta de memória para lembrar mais piadas internas também. Os garotos sabiam disso. Daquele jeito de ficar a sós quando estávamos acompanhadas. Eles riam, mas a gente na verdade estava mesmo era ignorando eles. 

Eu nunca pensei um divórcio. Foi conversado isso um tempo. Mas não assinei nada. E pra falar a verdade, só lembro mesmo disso porque voltei conversas, e você sabe que faço isso.

Agora eu pesquiso sobre assuntos que antes imaginei pesquisar com você. Mas você não liga. Não atende. Não responde. Apenas a mensagem no meu aniversário e a do natal. O que aquela mensagem de natal significou afinal? Que você pensa em mim? Que ainda me ama, mas que precisávamos nos separa?

Este é meu divórcio. Não se pode mais alegar que eu não o escrevi. Talvez que você nunca o recebeu. Ou talvez seja apenas eu, de novo, me enganando.
Eu queria fazer terapia. Acho que todo mundo devia fazer terapia. Eu fiz uma vez por só dois meses. Foi o máximo. 

Mas tenho que ir na nutricionista. Preciso perder uns 40 quilos. E nutrição o plano não cobre. Só tenho dinheiro pra um dos dois.

Prioridades, baby, prioridade.

A Caras agradece.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Esse negócio de transição capilar é um saco. Eu não me reconheço. Meu cabelo que sempre foi uma coisa, agora se mostra totalmente diferente. Mentira. Tô mentindo. Meu cabelo só era essa primeira coisa porque eu usava produtos químicos. Agora que não uso mais, meu cabelo é aquela coisa que era antes de eu usar esse monte de coisa que eu usava. Meu cabelo tá uma bosta. Tô até tendo que pentear, coisa que antes não fazia. Mas tô usando chapéu, bandana, tiara, turbante, bom humor e esperança. Mas que tá mó feio, isso tá.