domingo, 30 de dezembro de 2012

O Reino Mágico da Disney

Toda a magia já começa pela cidade. Larguei o frio de -1 e possibilidade de neve de New Jersey e embarcamos para a linda e aquecida Orlando. Normalmente aqui é mais quente, mas como acabamos de entrar no inverno, temos temperaturas que oscilam entre um ventinho gelado e um sol delicioso.

                                   

Mas mais do que a temperatura, os parques da Florida são conhecidos no mundo todo. Sim, é um mundo paralelo. É um mundo mágico. Lá é permitido ter 13 anos quando a Branca de Neve acena para você. Não importa o gênero ou a idade real. É tudo organizado, lindo e cheiroso. Todos os funcionário são excessivamente gentis e hospitaleiros e pasmem: estão sempre sorrindo. Os shows são super produções com bailarinos qualificados e músicas que deixam você desejar estar apaixonado.

                        

E as princesas? Elas estão fantasiadas, mas elas interpretam as personagens de fato. Quase me perdi de mim quando a princesa Aurora - da Bela Adormecida - me perguntou se eu estava gostando de fazer longas caminhadas. Eu disse que sim e ela respondeu que adorava também, "principalmente com o Príncipe Felipe".

                             

Eu acreditei. Eu acreditei que ela caminhava e dançava com ele pelas ruas da Disney, que tinha um locutor imaginário falando o tal "felizes para sempre", que ela está sempre sorrindo, que não tinha problemas, acreditei no cavalo branco, que é possível amar alguém que nunca conheceu, que contos de fadas existem, que relacionamentos à distância podem vir a dar certo, que não ter tantos medos é bem viável e que, principalmente, o cabelo e maquiagem dela eram sempre impecáveis. Eu acreditei em tudo.


                     

                                                                          ♥ ♥ ♥ ♥ 

                     

Ir à Disney é perigosíssimo à saúde emocional: lá os sonhos se tornam reais e tudo que você luta uma vida inteira para destruir, você volta a querer acreditar novamente.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Tudo

Pensei ser a primeira pessoa a desejar-te as alegrias, felicidades, saúde, paz, sucesso e todas aquelas coisas legais que se desejam nos aniversários. Mas não foi possível. 

Então acho que vou expor aqui para que todos vejam:
Feliz Aniversário!
Feliz Natal!
Feliz Ano Novo!

Eu que nunca sei me expressar corretamente quanto se trata de você, tento aqui inutilmente escrever algo que me agrade. Mas tudo que te desejo é felicidade. Se estiver sozinho, que seja feliz. Se estiver cansado, que seja feliz. Enquanto come um mistão com  suco de laranja, seja feliz. Enquanto tem muito trabalhos para corrigir, seja feliz. Enquanto estiver com os pés doendo de tanto dançar e andar, seja feliz. Se chorou? Lembre-se: depois do furacão vem o arco-íris. 





E, se a felicidade está nas pequenas coisas, eu te desejo um monte de coisinhas.



Feliz Tudo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Listen

Será que você me ouve daqui de tão longe? É verdade, meus lábios estão cerrados. Mas, olha, meu coração está falando, você não ouve? Hein, hein, hein? 

                                                                            ***

O mundo poderia ter acabado hoje, mas não acabou. Estive a me perguntar uma porção de coisas, afinal é Natal, momento também de reflexão. Mas minhas respostas se perderam no caminho de volta pra casa. Ou, de repente, fiz as perguntas erradas. 


                                                                          ***


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Aquela velha história de só dar valor às coisas quando se perde, sabe?




Tou começando a achar que é verdade...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Pereira

Estou dodói e tive de ir ao médico. Ao apresentar minha identidade, a primeira coisa que sempre notam é o meu nome "diferente", "estranho" ou "bonito".

Mas a recepcionista gostou dessa vez do meu nome do meio.
- Pereira? Que nome bonito! Significa alguma coisa?
- É o nome da árvore onde nasce a pêra, em Português.
- Nossa! Lindo, lindo, lindo!

Mal sabe ela que meu verdadeiro nome do meio é saudade.


Vou ali assoar o nariz e já volto.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

DDA

Me conheço, sei que preciso prestar mais atenção nas coisas. E como estou passando uns dias em outra cidade (30 minutos, de estrada, longe da minha), passei o dia tentando me lembrar que na volta da faculdade teria de ir para Spring Lake, não para casa.

Enquanto assoava meu pobre narizinho:  ir pra Spring Lake, não pra casa.
Enquanto lia os posts do Twitter: ir pra Spring Lake, não pra casa.
Enquanto almoçava: ir pra Spring Lake, não pra casa.
Enquanto dirigia para a faculdade: na volta, tem de ir pra Spring Lake, não pra casa.
Enquanto a professora ensinava tag questions: ir pra Spring Lake, não pra casa.
Enquanto crusava o estacionamento da faculdade em direção ao carro certa da vitória: ir pra Spring Lake, não pra casa.
Entrei no carro e minha mãe me ligou, "vou dirigir agora, te ligo assim que chegar".


Fui pra casa, não pra Spring Lake.


Oi, meu nome é Maeve e eu tenho alto grau de déficit de atenção.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Feminismo infantil

Minha mãe americana é feminista. Ela pode não usar essa palavra, mas ela é. Ela mudou de igreja porque disse que não gostava como as mulheres eram tratadas em segundo plano lá. Mudou a família toda para uma igreja onde o reverendo está sempre ao lado de sua digníssima esposa. Todas as vezes em que aparece o assunto "namorado" numa conversa ou outra, com as filhas de 4 e 6 ao lado, ela sempre deixa muito claro que "namoro, só se fizer bem para você" ou "depois da faculdade, do carro e da casa" ou "precisa viver muito a vida antes de pensar em garotos". 

O assunto em questão, dessa vez, era quando que a Meive (meu nome americanizado) iria arrumar um namorado. Conversa vai, especulações vem, fomos interrompidos pela plausível consideração da garotinha de 6 anos:

- Meive, eu sei do que você precisa: você precisa de um garoto que leve o lixo para fora e que lave os pratos depois do jantar.




Porque né. De que adianta ter alguém ao lado que não vai dividir as tarefas domésticas?
Lições feministas desde cedo. Praticamos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

[coração]

Deitada na cama com a menininha de 4 anos ao meu lado. Conversávamos bobagens enquanto eu trocava mensagens à distância com um garoto no Brasil. Ela se mostrou interessada no que eu escrevia, mesmo sem saber ler nada, nem em inglês ou português. Mas a troca de mensagens já estava no fim, e ainda assim ela olhava, atenta, à tela do celular. O garoto disse algo fofo e, como quase sempre faço, quando fico sem graça, respondi com um wink. Alguns, na verdade.

[coração coração coração coração coração coração coração ]

- Por que você escreveu um monte de coração?
- Ah, eu não sei... rs. Porque você acha que escrevi?
- Well, eu não sei porquê você escreveu, mas quando se escreve um monte de coração para um garoto, significa que você o ama. Você o ama?
- hahahahahahahaha! É assim simples, é?
- Yeah, it is. 




Da beleza que é ser inocente.


domingo, 9 de dezembro de 2012

Domingo Cinza de Dezembro

Sonhei com acarajé. Sonhei com ele. Ainda na cama, tirei uma foto da minha cabeça. Discuti. Chorei. Homesick again. 












Recolhi minhas lágimas e fui tirar foto na decoração de Natal do Shopping.



 
Quem nunca escondeu a tristeza numa bela fotografia, não sabe o que é quase receber Oscar de melhor atriz. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Com o passar do tempo, as pessoas vão ficando velhas ou engordando ou caindo cabelo.





No meu caso são os três.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Tão perto, tão longe

Uma vez, a muito tempo atrás, mais ou menos na mesma época em que eu acreditava que existia um pessoa separada para cada pessoa no mundo, eu me apaixonei pelo meu vizinho do prédio ao lado. Eu gostava e morria de ciúmes dele. Então, avisei para todas as minhas amigas que gostava dele. Não porque queria dividir o sentimento, mas porque não queria que elas continuassem a brincar, vez por outra, com os cabelos lisos que ele tinha. Achava que se eu gostava dele, apenas eu teria o direito de tocá-lo. Gostar do seu vizinho do prédio ao lado, não era nada fácil. Principalmente quando ele era seu melhor amigo. Para os não íntimos, eu negava descaradamente o quanto podia e o máximo que podia.

Pelo menos três amigas ficaram com ele em momentos diferentes da nossa adolescência, bem depois, é claro, que já não gostava mais dele. Nunca, no entanto, nem sequer uma única vez, nos beijamos. Lembrei desse episódio por saber exatamente como é gostar de alguém que se tem tão perto e nunca viver essa história.


Nada comparado com esse novo sentimento que tenho aprendido a conviver de sentir alguém tão perto, quando na verdade se está tão longe.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Socorro, um flerte!

Não importam quantos rapazes diferentes apareçam em minha casa, minha mãe americana vai sempre dar um jeito que eu veja todos eles.


Do encanador ao mestre de obras casa da vizinha, todos sabem que aqui mora a pessoa mais solteira do mundo.

domingo, 18 de novembro de 2012

Mais uma da série "a arte de ser estranha":  pesquisei no Google a alguns dias, sobre os sintomas da paixão. Queria continuar me enganado e acreditando na minha mentira, como qualquer pessoa normal.



Tou aqui me perguntando onde foi que lá atrás, eu me tornei essa pessoa que tem medo do amor.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

I'm Scared

Seria engraçado listar as coisas que me assustam no mundo todo. Seria engraçado porque não seria uma lista grande. Juro. Não sinto medo de muita coisa. Coisas corriqueiras do tipo aranhas ou andar de avião ou baratas ou de falar em publico ou pular de paraquedas, não fazem parte dessa lista. Os medos que me assombram são bem traiçoeiros eles nunca se revelam, até que eles estejam em minha frente. É muito difícil lutar contra o que não se vê todo dia, ou lutar contra aquilo que não se conhece bem de fato.
Então entra-se num ciclo vicioso: como não se sabe quando aquilo que te apavora vai chegar, sente-se o medo antes mesmo de estar assustado; numa tentativa frustada de estar protegido quando for chegada a hora da batalha.
É engraçado, é triste. 

Esse é o Charlie. Assisto o vlog dele a talvez dois anos e ele sempre me entreteve muito bem, até já falei rapidamente sobre ele aqui no blog (num texto não muito bom). Mas pela primeira vez em tanto tempo ele fala profundamente sobre seus medos como um ser humano normal e inseguro. E faço cada palavra dele as minhas.


Esse é o Michael. Eu não o conheço como vlogueiro, mas ele fez um vídeo resposta pra o vídeo do Charlie que se intitula "We are all scared". E sabe o que tudo isso que ver comigo? Ambos, descrevem com maestria muito dos medos que tenho. "O medo faz parte de ser humano".


Agora tenho esse mantra do Michael: "Try this: take a minute, take a day, take a week! and just be scread. And than STOP, and don't let in anymore."


Ps: Os vídeos não tem legenda, mas você pode colocar [uma legenda feita pelo Google e não muito boa] clicando em "cc" e mudar a língua para português, se você assistir o vídeo no Youtube.

Ps do Ps: Já que você já está no Youtube, assista também aos outros vídeos respostas que não igualmente lindos.

Ps do Ps do Ps: Se você também está assustado, como eu, toca aqui! Pega minha mão, me abraça forte, dance um tango e dê duas piruetas. Quem sabe assim, fazendo o que parece impossível,  o que nos assombra fuja de medo antes mesmo de bater em nossa porta.

domingo, 11 de novembro de 2012

Tenho um plano: me permitir ser deliberadamente romântica e piegas.


E que se for pra ter saudade 
que seja dos teus lábios - nunca dantes beijado,
do teu pescoço - nunca antes afagado, 
do teu sorriso - nunca antes visto.

E que se for pra não viver esse estranho sonho
que a vida não tenha mais beleza; 
que o azul do céu perca sua pureza; 
que meu corpo encontre a tão almejada frieza.


Objetivo alcançado com sucesso.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Gênio incompreendido

Não sei se acontece com vocês, mas à noite, tarde a beça, depois de já ter procrastinado ao máximo ir pra cama e mesmo tendo jurado pela quadragésima vez aquele dia que iria dormir cedo, minha mente funciona loucamente - como não faria melhor se eu não estivesse com sono. Penso em diálogos que nunca terei, penso naqueles que tive, tentando desesperadoramente ter sempre uma melhor réplica, escrevo, mentalmente, textos lindos que Caeiro morreria de tanta inveja. Grandes textos meus já se perderam no além por nunca terem sido postos num papel. Poderia escrever um livro, vender milhões, ficar rica, viajar o mundo e nunca mais trabalhar na vida, mas né, preguiça.

Disposta a não mais passar por isso, decidi colocar à postos, na escrivaninha ao lado da minha cama, pequenos papeizinhos coloridos do tipo fichamentos e um lápis. A intenção seria recorrer à eles, nos momentos de pico de ideias.



Decepção é olhar esses papeizinhos ao acordar e ver que tudo que escrevi na borbulhia dos meus atos de genialidade nunca fizeram o menor sentido.


Ou seja.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Furacão: o começo

- Have you heard about the hurricane?
- About what?
- Hurricane! It's a kinda of storm...
- Storm? Oh! No, no I haven't.


Não sabia o que aquela palavra significava em português. Coloquei no Google tradutor, veio a palavra "furacão" em resposta e foi assim que tudo começou...

sábado, 27 de outubro de 2012

Homesick

É um lindo sábado de outono. As pessoas lá fora estão usando manga longa apenas porque está um pouco frio, nada demais, "it's gonna be worse than this, rs". Lá fora está estacionada a linda BMW preta super confortável que dirijo. Na conta bancária já está depositado o salário, em dólar, da semana. A alemã, a brasileira, a espanhola e a suíça já me mandaram torpedo com programações para todo o final de semana ainda durante a manhã. É Halloween, está acontecendo um mundo de festas interessantes aqui e em New York, a cidade que nunca dorme...

Mas tudo que eu consigo pensar agora é no abraço dos meus pais,
Na parte incompleta do sandwich que sou sem meus irmãos,
Da minha alma gêmea desde as fraldas, 
Da meu lar e paraíso astral com quem perco algolas,

E de casa.


"i'm lucky, i know, but i wanna go home..."


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sobre aquele que faz flutuar

Como se não fosse suficiente sentir falta da comida, da cultura, dos cheiros, da família e dazamigas que são alma gêmeas e que por ironia do destino nasceram do mesmo sexo que eu;

Agora eu sinto saudade daquilo que não vivi, com alguém que não conheço.



Eu juro que tento ser uma pessoa saudável, mas né.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Maeve's first hangover


- Olha ela chegou, Mari! ai, que bom que você chegou! ops, sorry, just in english, ok, just in english, hahahahah ! Why is everything so funny? You look so pretty today, you're pretty, you look pretty, Kari. Hey, Mari, I like you, you know that? I really like you! I was afraid about liking you or not, but I do, I really do! hahahahaha! this is funny, isn't? Don't you think is funny? Hahahahah!




-Maeve, are you ok?



- Oh, sure, i'm ok, i'm ok, i'm ok, i'm ok, i'm really ok... Thank you for asking, you look pretty today, did I tell that you look pretty today? It's because is truth... Am I speaking in english? we have to speak in english, cause Mari is not gonna be able to undestund if we start to talk in portuguese, right Mari? am i righ? yes, i am, yes i am...



- I'm pretty sure that we've been talking in english all the time...



- Are we? oh, good... good.. i'm ok, i'm ok...





Já que o vídeo eu não vou mostrar mesmo, não custa nada dividir um pouquinho da humilhação com vocês.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Eu e minha familía americana vamos tirar férias em dezembro.
Viajo mais especificamente na manhã de Natal.


Vamos ver o Mickey Mouse lá na Disney da Flórida.

Volto a ter 12 anos em
5,
4,
3...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A legenda: "Maeve's first hangover".


O vídeo? Jamais será mostrado a qualquer ser humano, cof, cof.

sábado, 13 de outubro de 2012


E foi uma das melhores decisões que já tomei na vida entre concluir a faculdade e terminar aquele namoro.
Mas o fardo que sequencia essa decisão é bem pesado.
É não poder ir ao casamento de sua amiga,
Ou perder aquela tão sonhada formatura do seu amigo
Ou até mesmo não participar de pequenas mudanças na vida daqueles que você ama.
Foi uma excelente decisão.
Mas não muda o fato de ser pesado. 

sábado, 22 de setembro de 2012

Sobre conversar em banheiros


Eu queria dizer a vocês, queridos leitores, que fiz apenas uma mera brincadeirinha no último post sobre a conversa que tive com uma amiga no banheiro. 

E qual não foi a surpresa com a chuva de emails, cartas, mensagens na caixa postal e comentários aqui no blog dizendo que eu sou a mulher número 1.
Vish, estou mal falada assim na rodinha é? Hahahaha!
Devia deixar vocês na curiosidade eterna, mas não vou. 
Só porque sei que minha mãe lê esse blog tá?

Sou a mulher número 2, meu povo. Moça doce, singela e recatada que não tem sorte com garotos nem aí, nem nos Estados Unidos.

sábado, 8 de setembro de 2012

Conversa de banheiro

Cena 1:

Mulher 1 - ... 4 encontro.
Mulher 2 - Mas você já vai assim pra casa dele no 4 encontro?
Mulher 1- Vou, não é grande coisa isso não, menina!
Mulher 2- E você vai sair daqui agora e só vai chegar lá quase meia noite.
Mulher 1- Quanto mais tarde melhor!


Cena 2: 

Mulher 2 - Bom, no meu caso, eu dei um pé na bunda do meu uns dias atrás...
Mulher 1 - Mas o que é que você não gostava nele?
Mulher 2 - Ah, sei lá... achei ele muito adolescente pros seus 34 anos...
Mulher 3 [que acaba de entrar no banheiro e escuta parte da conversa] - Espera aí, deixa vê se eu entendi: esse cara tem 34 e parece adolescente? esse cara é um Loser! Tá me ouvindo? Loser!! você fez muito bem em dispensá-lo. Quantos anos você tem? Vou dizer uma coisa de alguém que tem 42 anos, é mãe de quatro filhos, divorciada e casada de novo: Você merece coisa melhor!!!


É no banheiro que as coisas fazem mais sentido.

Ps: vai ficar aí imaginando agora, qual das mulheres sou eu, hihihihihi

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Joy



I will miss our inside jokes.
I will mis your smile, and the way you makes me laugh.
I am missing already not touching you, and you pushing me away: "such a touch person". I am.
I will miss Buena Vista av.
I will miss taking silly pic's.
By the way: what's left?



I will miss how fast you were to find anything on my iphone.
I will miss watermelon, beach and "tonight we are young".
I will mis you, so damn bad...

This grey Tuesday, unfortunately means tears to me.
And yes, you can sing. You are able to make anybody happy when you sing.

Good bye Meloni, I hope Germany take care of you.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depois que me aceitei como pedagoga, ou educador, como muitos preferem chamar, achei que as coisas agora seriam mais fáceis. Mas não são. Estou tento a oportunidade que poucos tem na vida, e não estou falando das viagens,  novas comidas e novas amizades, falo da oportunidade de ter tempo para pensar em si próprio. 
Aquela velha pergunta clichê que todos os adultos fazem à pobres criancinhas indefesas: "o quê você vai ser quando crescer?" Não me leve a mal, eu mesma já me peguei perguntando isso a uma criança, mas tenho reparado que não faz sentido algum pronunciar essa frase e perceber que você próprio não é mais criança e não faz ideia do vai ser quando... quando... opa, peraí, você já cresceu. Você precisa ser alguém.

Acho que esse é o ponto: achei já ter me encontrado, quando na verdade acabo de me perder.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eu não sei mentir

Perdi essa aula no colegial. E bem que eu gostaria de saber, me ajudaria muito agora nesse novo país. Porque, você veja minha situação: eu tenho um carro aqui à minha disposição, mas que não é meu, então quando eu tenho que sair, eventualmente, tenho que dizer aonde estou indo, "just in case", sabe?

Mas se você vai ter um date com um novo paquerinha americano, como explicar?

:P

domingo, 26 de agosto de 2012

Aqui

Aqui tem supermercado sem pessoas no caixa registrador. ( você mesmo faz tudo)
Aqui não se come pizza com ketchup.
Aqui não pode estacionar seu carro em frente a sua casa. ( tem que por na garagem)
Aqui tem drive thru de banco em todo canto, não só pra comida.
Aqui não se chama o garçom, ele tem de vim à sua mesa de 5 em 5 minutos.
Aqui a chave do carro fica guardada dentro dele e ele fica aberto.
Aqui almoço é lanche e jantar é almoço.
Aqui se desperdiça mais do que se fosse comprado tudo de graça.
Aqui é, assim, meio estranho as vezes.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E eu que nunca contei que tou me mudando?
Mudança normalmente demora um dia ou dois no máximo, certo? Errado!

O caminhão da mudança tirou tudo de uma casa com 4 quartos, porão e 3 salas em 5 horas. O único problema foi que a casa nova ainda nao havia sido liberada pelo banco. Então lá vou eu morar com os host grandparents por quase um mês!

Mas aí vai a parte boa: a casa nova, na verdade, é um palácio!

sábado, 21 de julho de 2012

Melancia, Alemanha e outras tristezas.

E a pergunta que fica é: será que você nunca mais vai encontrar essas pessoas novamente?
Tá bom, eu tento explicar. Sabe quando aquele povo lá no BBB viram amigos de infancia e eles sempre dizem "aqui na casa pequenas coisas tomam proporções maiores"? (Eu proucurei um exemplo melhor, mas não achei).
Enfim, volto a falar de amizades, tentei falar sobre isso em outro post, mais acho que ainda não estava preparada e nunca impeço meus dedos de digitarem livremente.
Fiz novas amizades aqui, isso é fato. Aprendi muita coisa legal de diferentes culturas e acho que esse é o ponto de estar aqui, certo? Saber que você e seu mundinho não está só no universo e que tem muita coisa acontecendo sem que você se dê conta disso.
Como pode em tão pouco tempo pessoas serem indispensáveis em sua vida? Aquela sensação de perda que te acompanhará por toda trajetória, ou quando você for no frozen yogurt, ou quando forem à praia e comer melancia, ou quando tocar no rádio Starships, ou quando você esquece uma palavra em inglês e não tem ninguém pra te  lembrar... Aquela constante sensação de "ô fulano aqui..."
E a pergunta que fica é: será que você nunca mais vai encontrar essas pessoas novamente?


segunda-feira, 16 de julho de 2012

3

Hoje completam 3 meses que me mudei.
Que de tão rápido que passou pareceram 3 dias.
Que de tanta saudade pareceram 3 anos.

domingo, 15 de julho de 2012

Eu já falei aqui antes que eu não sei a diferença entre direita e esquerda. 
Tá, eu sei, assim, se eu pensar um tempinho antes.
Agora imagina como sou eu, aqui nos states, quando alguém fala "left!"...

Mas para piorar a minha vida, e como se não fosse suficiente, 
eu também nao sei "puxe" e "empurre". 



Mas a cara da derrota, sou eu em frente a uma porta com a placa "push".

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ao mesmo tempo

Tenho que voltar a escrever mais no blog.


Mas é que estou trabalhando feito uma vaca,
nadando feito um peixe,
pensando como um gato,
comendo feito um cavalo,
engordando feito um búfalo,
suando feito um camelo,
e tentando viver que nem gente.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Adorável insônia

E você até pode pensar que é adulto aos 25, pode até pensar que tem o total controle de sua vida, pode até imaginar sua vida sem filhos por conta unicamente das suas convicções atuais, pode trabalhar a si próprio na tentativa constante da maturidade, pode respirar quantas vezes forem necessárias para não se perder dos trilhos. 
Você pode fazer tudo isso. 
Mas não minutos antes de dormir.

                                When you feel so tired, but you can't sleep

Ps 1: escolhi esse vídeo por conta da música sim, mas não me julguem por ser de Glee, tá?


Ps 2: eu ia escrever sobre outra coisa, mas a gente aprende depois de certo tempo que blog não é diário e que dedos são auto suficientes.

domingo, 10 de junho de 2012

Acho que preciso de um layout mais maduro para esse blog.




Se a preguiça deixar, eu faço.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Melancolia e bilinguismo

Se tem uma coisa que eu sinto falta aqui é de falar. Não que eu não fale, não me entendam mal, mas é muito árduo o caminho do bilinguismo. Você começa com a vergonha no início do dia, se solta mais à tarde e durante a noite está quase no ponto, até que você entra no mundo internético da sua própria língua e esquece tudo o que se aprendeu naquele dia, mais ou menos como naquele filme da Drew Berrymore.

Mas eu não vi falar sobre isso. Vim falar sobre melancolia...
Eu não converso sobre o meu íntimo aqui, eu não discorro livremente sobre qualquer assunto que me vem à cabeça, eu não gasto meu tempo tentando explicar porque coloquei reticências e não ponto final ao final daquele torpedo e principalmente eu não falo em voz alto todas as minhas inúmeras análises sobre as pessoas ao meu redor.

A grande verdade é que acho que estou com saudade de não ser leve em inglês.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Das novas amizades

É engraçado fazer novas amizades. Para mim foi sempre fácil: se não acontecia livremente eu fazia acontecer. Lembro-me quando os vizinhos se mudavam pro meu condomínio, eu ia na casa deles me apresentar e justo esses se tornavam meus grandes amigos. 
Eles acabam sendo indispensáveis, inseparáveis em minha jornada. Porque eu levo amizade muito a sério. Não sei quanto aos outros sabe, mas amigos acabam por se tornar pequenas parte do meu corpo. E como boa menina intensa que sou, tem que vim assim, carregada de muito melodrama. 

Então você vai ao parquinho e conhece alguém que mora na transversal da sua rua e pronto! Ou alguém que simplesmente combina com você por ter tão bom coração. Ou mesmo aquela pessoa que parece a princípio um lobo quando na verdade não passa de um carneirinho.
O único problema nisso tudo, é a sensação de perda que me ronda todo tempo quando os amigos (novos ou antigos) estão ao meu lado. Porque, sim, eu sofro por antecipação. Não que eu tenha certeza de que vou perde-los um dia, mas o medo é tão grande de ficar sem um pedacinho de mim, que já até consigo me imaginar andando por ai de bengalas pelas rua por falta de uma ou duas partes dos meus membros inferiores.
Drama, drama, drama, eu sei.
O fato é que ia falar  somente sobre esses novos amigos e acabei falando de casos antigos e vivos em minha memória. Porque é assim, por mais longe que estejam, ainda são pedacinhos de mim.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Verão

♪ ♫ Já chegou o verão, calor no coração, a festa vai começaaar! ♪ ♫  cof, cof
E lá estava eu novamente na cidade dos meus host avós visitando-os, resolvi ir na casa dos pais do irmão-mais-novo-fofo-do-meu-host-dad, e pra minha alegria ele não estava lá, porque fui mesmo para ver a mãe dele que é simplesmente o máximo. Aquele tipo de senhora descolada que abriu um vinho tinto e um sorriso pra me receber.
Não fosse o jantar mais à frente eu nem teria visto o tal rapaz. Mas vi.
Conversa vai, morre de vergonha vem, ele me chamou despretensiosamente para ir à praia.
Agora, pergunte se eu fui?



segunda-feira, 28 de maio de 2012

No mundo a fora

Nao sei se consigo explicar, mas quando vejo fotos antigas ou mesmo agora vivendo em uma outra família, é estranho perceber que existe vida além da sua própria e dos seus ao redor. Quero dizer, as pessoas no mundo inteiro continuando casando, comprando casas, tendo bebes, fazendo compras, se apaixonando, sujando a roupa de ketchup, entrando em fila de banco, acordando, indo ao trabalho, perdendo coisas, achando coisas, trocando de canal, fazendo almoços, brincando com seus cachorros, indo à festas, andando de bicicleta, fazendo churrascos, cortando a grama, e a gente nem se da conta disso.

domingo, 27 de maio de 2012

Globalização

A moça que trabalha aqui em casa, vem segundas e sextas para limpar.
Ela é da Columbia, mas mora aqui a mais de 10 anos.
E reparando na nossa conversa, percebi que é mais ou menos assim:


- So, Elvia, what you gonna do on miércoles?
- Me? Trabalhar! Pero after 3 p.m. i'm off.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eu estava na casa dos meus host avos, que fica em outra cidade diferente da minha, olhando as fotos de infância das crianças da casa. Fotos de baile, casamentos, gravidez, essas coisas, quando meu host avô, aquele mesmo que me questionou sobre o date no outro post, disse:


- Ei, temos a foto de todos, só falta sua foto aí <3

segunda-feira, 14 de maio de 2012

NY: a dor e a delícia

Aí que eu fui pra linda cidade que nunca dorme, essa tal New York. Fomos comemorar o aniversário de uma nova amiga: duas brasileiras e duas alemãs. 
Inicio de festa
Pegamos o trem daqui de NJ saindo pontualmente às 21:14. Chegamos em NY por volta das 22:00 e tivemos que andar até a tal boate por quase uma hora. 

Então imagina a pessoa que trabalhou a semana toda andar pra cacete e ainda ir dançar numa boate? Às duas da madrugada eu era um ninguém, um lixo de pessoa, a-mosca-do-côco-do-cavalo-do-bandido-que-não-entrou-na-broadway. 
A festa

Correu tudo bem, e a quem interessar possa, as festas são iguaizinhas as do Brasil, a paquera também, cof, cof.
Fomos, então, esperar pacientemente até a hora de voltar pra casa, porque mesmo na cidade mais movimentada do mundo, pobre de valor, tem de esperar dormindo na estação de trem de boca aberta.

Algumas coisa que você, no caso eu, precisa guardar no seu coração para sempre:

  1. Aceite que você está ficando velha para esse tipo de programa: suas pernas vão doer, suas costas vão parar de se mexer e depois de algum tempo, você não vai mais sentir seus dedos do pé.
  2. Tenha pelo menos 8 horas de sono por noite.
  3. Nunca mais durma numa cadeira dura de uma estação de trem.
  4. Caso chegue em casa às 8 da manhã do dia seguinte, certifique-se que sua maquiagem dos olhos não estará na sua bochecha esquerda.
  5. E por fim, passar o dia inteiro dormindo não ajuda, o que ajuda mesmo é fingir que morreu no sofá da sala e ficar lá por quase 4 horas.
Sem dignidade, no final da festa.




sexta-feira, 11 de maio de 2012

Desejos

Eu queria  contar como eu tenho trabalhado muito, mas ao mesmo tempo é recompensador.
E queria contar também, que eu dirijo uma BMW no meu tempo livre.

Festival internacional de Comidas e Bebidas

Outra coisa bem interessante de se dizer é que eu moro num lugar onde esquilos andam livremente pela rua e que a festa de aniversario do meu papai foi exibida online só pra mim. E queria também dar uma leve comentadinha, bem de leve mesmo, que eu vou pra NY novamente hoje à noite.

Amo!
Mas eu sei que o povo quer saber é de outra coisa! ;)
Não, ainda não encontrei o não date do último post (e eu também não estou escrevendo sobre ele). Sei que você estão, assim, desesperado por novidades a esse respeito, mas vou contar  algo que já aconteceu e que não pretendia contar por puro medo de alguém daqui descobrir que tenho um blog e jogar os textos no google tradutor: eu, o-não-date e seus queridíssimos pais, fomos ao cinema  (UM MINUTO DE SILÊNCIO PARA O MEU PRIMEIRO FILME SEM LEGENDA.) e depois fomos jantar em um restaurante português e irlandês, apenas nós 4, e foi muito divertido.
Mas vou pular a parte que parecia, sim, um double date, não vou contar a parte que me pareceu previamente programado pelos pais dele e por fim, vou pular a parte em que a mãe dele morreu de tanto fazer propaganda dele pra mim e vice versa...

Porém, depois disso, nunca mais o vi, já que ele mora em outra cidade. Mas dias das mães vem aí e, como em toda cultura, vamos à casa dos avós almoçar, e advinha quem vai estar por lá?



[aguardemos ansioso os próximos capítulos]

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Novela

Passei o final de semana na casa dos sogros do meu host dad que fica em uma cidade diferente daqui eu moro. Coincidentemente, os pais da minha host mom, moram na mesma rua, algumas casas à frente. Como ainda não tenho carro, a irmã da minha host me levou até a casa que eu iria ficar e chegando lá os donos da casa não estavam, apenas o filho mais novo da família.
Ganha um doce quem adivinhar mais depressa se ele é lindo, gato, ou super cute.
Enfim, os pais dele tinham ido ao teatro, e ele, que não mora lá, tinha ido lá apenas para vê-los. 
Passamos boa parte da noite conversando [ou tentando, já que meu inglês tá bom de melhorar, rs] jantamos, ouvimos música e descobrimos uma porção de coisas em comum. Eu sei que você deve estar pensando: "Pronto, tá vendo. Vai namorar, noivar casar e ter belos filhinhos." Não te culpo, todo mundo antes de vim pra cá me disse algo parecido.


No dia seguinte fui à casa dos pais da minha host mom, e conheci o pai dela. Conversando com ele, a primeira coisa que ele me perguntou era se eu já havia conhecido o fulano-irmão-mais-novo-do-meu-host-dad. Falei que já havia sim, e então segue a conversa:


-Ah, então você conheceu? ótimo! espero que ele te chame pra um date!
-Um date, como assim? date, date? o que você entende por "date"? (morrendo de vergonha)
-Date é quando um rapaz chama uma garota pra jantar ou pra ir ao cinema. Pode ser eles dois ou com mais um casal de amigos.
-Hum... sei, um doublue date.
-Ah, tá vendo você sabe o que é um date. Quanto tempo foi o seu curso na faculdade?
-4 anos e meio.
-Ahãaaaa... Definitivamente você sabe o que é um date. ;)