Eu demorei muito tempo pra falarsobre isso[bem rapidinho no item 10, que foi pra sofrer menos]: eu perdi uma grande amizade uma vez e isso me doeu muito. E ainda nesse post antigo, tinha muito tempo que o fato havia ocorrido. E qual não foi minha surpresa ao receber uma ligação inter urbana com aquilo que sonhei durante muito tempo. Eu já havia perdido as esperanças de reaver aquela perda tão grande, mas nunca é tarde, né? Afinal é natal. Então, aconteceu a ligação, o pedido de retratação, o beijo no final do telefonema, tudo.
Mas nada será como antes, nada nunca mais será como antes.
Adoro Natal, mas desde que meu tio mais novo faleceu, minha família não se reúne mais. Aconteceu isso a sete anos quando minha vó também faleceu. Mas eu fico triste com isso. Já não basta saber que vai faltar um, saber que não verá nenhum é pior ainda. Então esse natal, mandei um torpedo desafora para cada tio, explicando o quanto achava um absurdo não estarmos juntos e dizendo que aquilo era um protesto. Querem saber o resultado disso?
Eu também.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
- Pró, conheço um rapaz que é a sua cara! nossa, ele nasceu no mesmo dia que você, no mesmo ano! e pelo que você sempre diz, ele gosta das mesmas coisas que você! Daí eu fui no seu face e olha lá, quase tudo igual a ele! fiquei chocada!!!
Fofo é você não vê o paquerinha do ponto do ônibus durante uma semana, e no momento que o encontra, ele descrever com riquezas de detalhes o quanto sentiu sua falta, o quanto ele se sente constrangido por você ser professora e (achando ele) você "ter mais conhecimentos", o quanto ele vai sentir vergonha de mandar torpedos caso escreva alguma coisa errada, mas que ainda assim, ainda assim, gostaria de sair com você.
E eu sempre penso que devia passar por cima de certas coisas pelo bem coletivo, sabe? Que é sempre bom pôr panos quentes pra evitar uma briga ou até deixar pra lá por um bem maior. Porque lá na frente, lá na frente (quem sabe) a pessoa se toque do quanto ela está magoando sem necessidade, e do quanto que ainda vai pedir desculpas [outra vez].
E é tão costume que eu coloque os outros frente ao que sinto, e que tente arrumar justificativa para o injustificável, ou que invente, como se fosse Néston, "mil e uma maneiras diferentes" de chegar à pessoa mesmo sabendo que é ELA a errada.
E a impressão que eu tenho é que as pessoas fogem das coisas simples da vida. Ou então fazem as coisas de propósito pra nos irritar. Ou pior, veio ao mundo com a pura intensão de confundir nossas cabeças.
Será que elas são pagas por uma sociedade secreta e anônima que tem o objetivo de enlouquecer pequenas meninas indefesas?
E, aqui, tem ainda sempre um monte de coisas que queria contar, um monte de fábulas pra escrever um monte de coisas que queria viver um monte de beijos que queria dar um monte de palavras pra dizer um monte de sorrisos pra ofertar um monte de fazer rir pra experimentar um monte carinhos para receber...
mas não posso fazer nem metade disso. porque paredes tem ouvidos e os olhos costumam ler até nossa alma hoje em dia.
É impressionante como a gente observa o mundo dentro de uma lógica própria. Eu comecei a dar aula para jovens da periferia de Salvador (16 a 29 anos), mas tenho sempre a impressão de que eles viveram as mesmas coisas que eu, mas não, não viveram. Então agora entramos num bloco de aulas sobre inclusão digital, e eu, mais uma vez, imaginando que seria tudo muito simples, me vem as sentenças:
- "E qual a diferença entre orkut e o facebook, pró?" - "Twitter, serve pra quê mesmo?" - "Não, mas eu não tenho e-mail não... só msn!"
- E essa semana toda eu estava trabalhando pela manhã, por isso não estava te encontrando aqui no ponto. - Mas por coincidência, eu, durante essa semana, vim todos os dias de carro por trabalho, não iria te encontrar de todo jeito, rs. - Eu quis dizer que senti falta de te ver todos os dias.
Cena 2
- Eu ando bastante, todos os dias pra chegar a esse ponto, porque, na verdade, eu não moro por aqui por perto. - Ué, como assim? - No dia que a gente se conheceu, eu vim pra cá pra levar minha prima que nunca tinha estado aqui. Daí desde então faço o mesmo caminho.
Dai eu estava dando aula e durante o intervalo eu finalmente resolvi perguntar a Ciclana Santana, sobre o tal primo dela:
- Errr e então Ciclana, seu primo comentou que o conheci? - Se ele comentou? Se ele comentou? Ele passou O DOMINGO TODO falando sobre isso!! - Errrr.. foi? - Fomos à praia no domingo e ele SÓ FALOU DISSO!
Dor nas pernas Coriza Catarro Sinusite Tosse Dor de cabeça Conjuntivite
Essa é a triste história de uma menina que vai ser anfitriã de uma festa em 3 dias.... O pulso ainda pulsa?
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Mas há sempre a possibilidade de ele ler o post e se achar. E como você não quer que isso aconteça, você vai continuar fingindo pra si mesma que não está falando ele.
Ontem: Falamos "olá" como sempre ele sorriu, me deu a entrada no ônibus, como se abrisse a porta de um carro pra mim [♥] e sentou no fundo. Como o cobrador demorou de me dar o troco e demorei de sentar, decidi ir para frente. O ônibus estava relativamente vazio. Ele levantou do fundo e sentou em minha frente. Não falamos nada toda a viagem, vontade não faltou, coragem sim.
Hoje:
Eu cheguei e ele mais uma vez já estava lá, então eu disse: - Estamos coincidindo nos horários, tá me seguindo? :) - Não, mas deveria. Você está cada dia mais bonita. - AHAHAHAHA se você diz... Como é seu nome? - Fulano, e o seu? - Maeve. - Você dá aula aqui perto né? - É... - Eu tenho uma prima que toma aula ali - Como é o nome dela? - Ciclana. - Ciclana Santana? - Sim! - Pois ela é minha aluna! - Você não tem cara de professora, rsrs - Não? deve ser porque sou novinha... - Quantos anos? 25? 26? - Grrrrr 24 ¬¬ - Ops, dei a mais, desculpa... - Sem problemas. meu ônibus tá vindo, tchau Fulano - Ai, esqueci seu nome! - Pergunta a sua prima! ;)
Se tiver interesse, que corra atrás. Novos métodos para 2012.