quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

No início, meu pai achava que eu estava iludindo o rapaz. Que eu era o coração gelado dos ursinhos carinhosos, o tipo de pessoa que vê uma serenata pela janela e joga água nos envolvidos.

Depois, não contente com minhas não-respostas, passou a perguntar, com certa insistência, quem estava amando mais, como estava meu coração, ou se eu não estava apaixonada àquela altura do campeonato. 

Um dia me cansei e respondi aquilo que ele tanto queria escutar - e olha que era tudo verdade.

Passado isso, não há um só dia em que meu pai não pergunte - todo feliz - como é estar "completamente apaixonada". 


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