É engraçado fazer novas amizades. Para mim foi sempre fácil: se não acontecia livremente eu fazia acontecer. Lembro-me quando os vizinhos se mudavam pro meu condomínio, eu ia na casa deles me apresentar e justo esses se tornavam meus grandes amigos.
Eles acabam sendo indispensáveis, inseparáveis em minha jornada. Porque eu levo amizade muito a sério. Não sei quanto aos outros sabe, mas amigos acabam por se tornar pequenas parte do meu corpo. E como boa menina intensa que sou, tem que vim assim, carregada de muito melodrama.
Então você vai ao parquinho e conhece alguém que mora na transversal da sua rua e pronto! Ou alguém que simplesmente combina com você por ter tão bom coração. Ou mesmo aquela pessoa que parece a princípio um lobo quando na verdade não passa de um carneirinho.
O único problema nisso tudo, é a sensação de perda que me ronda todo tempo quando os amigos (novos ou antigos) estão ao meu lado. Porque, sim, eu sofro por antecipação. Não que eu tenha certeza de que vou perde-los um dia, mas o medo é tão grande de ficar sem um pedacinho de mim, que já até consigo me imaginar andando por ai de bengalas pelas rua por falta de uma ou duas partes dos meus membros inferiores.
Drama, drama, drama, eu sei.
O fato é que ia falar somente sobre esses novos amigos e acabei falando de casos antigos e vivos em minha memória. Porque é assim, por mais longe que estejam, ainda são pedacinhos de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário