quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Insight

um dia você descobre que não
era pra você viver essa vida
que seus sonhos não realizaram
que seu andar é lento e que a
vida passa sempre por seus olhos
voa, menina boba, voa

um dia você descobre que seu                          
primeiro amor não vai ser o ultimo
que planos não são obedientes
que amores podem ser impossiveis
e que caminhar sozinho é bem viável

um dia você escolhe a você mesmo
mas fica triste que é por pouco tempo
que solidão é viável, mas é triste
que abraços são regalos

um dia você esquece que todas as alegrias
do mundo podem acontecer
e escreve coisas triste
pensa coisas tristes
sonha coisas tristes

dai, um dia, você resolve voltar
a amar o seu primeiro amor
e perceber que nas suas orações tristes
existe algo errado, outra vez
que o amor é circulo, quase sempre
e que de fato,
não era pra você viver essa vida...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Esse post era pra ser o ultimo do ano

Mas não foi.


1- Descobri que adoro escrever, mas que não escrevo sempre porque tenho uma mente pequena  não gosto de ser forçada a escrever, rs

2- Fui pró, sofri e chorei, mas venci. Ser professora é atuar na vida [Globo, Chama Eu!!!]

3- Namorei e desnamorei na velocidade da luz. E agora estou mais enrolada que novelo de lã...  "next!"

4- Comprei um netbook pelo puro vício, digo, necessidade da internet... Internéticos Anônimos: a gente ver por aqui!

5- Converti uma amiga e um amigo ao twitter hehe

6- Comecei aulas de canto e descobri que não posso cantar porque tenho uma Feuda Fusiforme na garganta =(

7- Amei, amei muito tudo.

8- Vivi muito mais minhas amizades. Comunicação a flor da pele, mas e se eu disser que fui sugerida a terminar meu curso de libras pra não falar por conta da minha garganta podji?

9- Troquei muitos torpedos nesse ano, recebi não sei de onde 4.300 sms da oi! \o/ troquei torpedos até com meu pai no quarto ao lado.

10- Perdi uma grande amizade e ganhei outro monte!

11- E fiz um monte de outras coisas que não vou falar pra não macular a inocência da familia brasileira... 

Abraços.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Cachoeira

 Má influenciada pela fofa da Renata, num post que eu li, eu resolvi estrapolar, pela primeira vez, os limites da minha sanidade sendo parte desse universo que é novo para mim: o flerte.

 Lá estava eu com minha família e agregados numa linda cachoeira no interior da Bahia. Assim que cheguei de longe mesmo eu vi o moço. Altura mediana, magro, cabelos curtos e como estava de óculos escuros não pude ver seus olhos. Mas o que de fato me chamou a atenção foi que mesmo de longe eu percebi a empolgação com que ele falava, falava, falava e gesticulava com veemência. Adorei, assim, logo de cara.

Então comecei a olhar. Apenas isso. Olhei até ele perceber que estava sendo olhado. Ele parecia estar com mãe e irmãos, mas esses estavam na água e ele, apenas de longe, observava-os. Observava como se estivesse acima de todos, como se estive tudo em silêncio...


Até que chegou a hora dele ir. Todos saíram da água e começaram a conversar com ele. Qual não foi minha surpresa ao perceber que o fato dele tanto gesticular lá no inicio nada mais era do que sua própria língua: era surdo.

Que seja - pensei- eu queria mesmo terminar o curso de libras que nunca terminei... mas ele já estava indo. E foi nessa hora que ele tirou os óculos e pude ver os olhos tão doces e verdes como nunca imaginaria. Quando já estava longe, sorri, sorri leve, simples, e acenei apenas com os dedos. E ele acenou de volta. E ficamos assim, por um momento apenas, adentrei o seu mundo de silêncio...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Livre de mim

Engraçado que como tudo que olho pra trás está sempre cercado de planos. Na minha vida tem pelo ao menos cinco maeve´s, segurando braços, pernas e cabeça. Mas a pior de todas é aquela que deliberadamente carrega a parte que dizem ficar do lado esquerdo do peito. Essa maeve, não só segura, como controla e manipula como bonequinho de ventrículo toda parte emotiva do ser.

Não aprendi a não planejar, não sei não traçar metas. Para os visionários estou no caminho certo. Mas o que quer dizer caminho certo, num mundo incerto? É pegar uma estrada torta pra frente?

Sartre disse uma vez: “estamos condenados à liberdade”. Isso quer dizer que se nos encontramos no fundo do poço e reagimos a isso, subverter àquela situação é escolha nossa. Em contra partida, acabando-se a esperança e estando em estado de resignação e inércia, mas do que nunca é porque optamos por estar assim.

A liberdade humana está diretamente ligada ao mundo que nos cerca e nossas ações. E quanto à liberdade interior? Queria poder ter um jeito de deixar de ser eu por um momento que fosse. E não sendo eu, seria ninguém, ou melhor, nada. Fugir do meu corpo, da minha mente, dos meus planos, dos meus sonhos. Uns chamam de nirvana, outros catarse.

Talvez fosse melhor tentar a liberdade condicionada, aquela que de fato vivemos todos os dias, e que não estou com vontade de discorrer sobre ela. Mas me recuso a ser igual aos demais, na verdade, sou assim, não sei ser diferente.

Não sei ser livre de mim. Opto então pela resignação, pelo fim da esperança, opção minha, sem escapatória. Só hoje. Não conheço o futuro (por mais que quisesse). Quem sabe amanhã, pondo um fim a tudo isso, a liberdade me assalte, e eu vire refém dela.



em 04 de julho de 2009